Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

domingo, 29 de junho de 2008

Ainda os sonhos (de todos nós).



Ainda dos "sonhos" :


O que é bonito neste mundo, e anima, é ver que na vindima de cada sonho fica a cepa a sonhar outra aventura. E que a doçura que não se prova se transfigura noutra doçura muito mais pura e muito mais nova.

(Miguel Torga)



Entrelaçando os "sonhos" com a "felicidade":



Queres ser feliz? Sê santo! Queres ser mais feliz? Sê mais santo! Queres ser muito feliz? Sê muito santo!

(Josemaría Escrivá)




Bela receita, não é verdade? Mas que é ela é difícil de "confeccionar" lá isso é... pelo menos neste nosso quotidiano tão cheio de más-vontades...

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sábado, 28 de junho de 2008

Sonhos...


Às vezes dá-me tanta vontade de partir deste Portugal que me abafa, e onde estão as minhas memórias mais dolorosas!...


Partir para longe, esquecer que há mundo… ficar numa terra perdida no tempo, um refúgio mágico… um lugar que fosse ao mesmo tempo mítico e místico, sei lá, Marraquexe, onde Yves Saint Laurent tinha a sua casa. Marraquexe que Miguel Sousa Tavares tão bem descreve no seu livro “O Sul”.

Sonhos, sonhos… sonhos de construir uma nova história…




Nota: na foto, Piscina do ryad Al Jazira , Marraquexe.

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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Aguardando a Redenção...


O homem dos nossos dias anseia por uma "redenção", que transforme radicalmente a sua pobre e individual finitude, e o livre da angustia, da falta de esperança e de sentido deste mundo que resvala perigosamente para uma III Guerra Mundial - veja-se o que se está a passar no Médio Oriente, com o Irão, Israel ameaçado, à beira de um ataque preventivo.

É para isto que vivemos? Num mundo com sofisticação tecnológica mas, ao mesmo tempo, sofrendo de um atroz subdesenvolvimento cultural, e experimentando um retrocesso na moral e na ética?

É o vazio, a dor, a morte, a injustiça, enfim, o "Império" do "Mal".

Todavia, somos detentores da Esperança que Jesus nos entregou, quando por cá andou nesse mesmo Médio Oriente.

A linda imagem (religiosa) da redenção leva-nos a acreditar que o Homem contemporâneo, mesmo manietado nas suas próprias limitações, e encerrado numa existência em que o não-sentido parece ser o sentido que o "justifica", ainda será capaz de sentir, no seu coração, um maravilhoso desejo do Bem, do Belo.

Mas, para tal, tem ainda muito que meditar sobre as verdades plasmadas no Evangelho…



Até lá, só Deus, Senhor da História, sabe o que nos está reservado…

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quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mais azul, por favor.


Todos temos os nossos rituais.

O nosso é estarmos à beira-mar ou, em alternativa, à beira Tejo, porventura o rio mais belo de Portugal (hoje, do Minho ao Algarve…). Como no dia que agora findou. Ela com o seu sumo de laranja. Eu, com um bom velho e português tinto. Um pequeno Partagas a libertar desenhos no céu.

Ao menos, uma vez por semana, contemplamos as águas, agora calmas, do rio que beija aquela que poderia ser a mais bela cidade da Europa: Lisboa.

Juntos, frente ao Tejo. Fim de tarde. Azul sem fim. Uma fragata que passa, e lembro-me do meu saudoso avô João, que hoje tanta falta me faz, com o seu sorriso bondoso, a sua voz tão meiga e suave… a sua coragem... Que saudades, meu Deus! (já não vejo o teclado… pausa).

Aliás, nos dias que passam, todos me fazem imensa falta…

Sinatra cantando no “iPod” confere ainda mais magia ao momento.

Ao ouvi-lo, parece-me que naquele tempo, sei lá, anos 50, o Mundo era mais puro, mais inocente, a atmosfera mais “primordial”. Bem sei que isto é ilusão, mas que querem? Todos nós vivemos de ilusões. De anseios. De esperança.

Quis partir. Com ela. Para longe. Onde o céu deve ser ainda mais azul.


Entrámos no carro. Voltámos a casa.

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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Os nossos Bispos andam a fazer “vista grossa”…

De facto, para o III Colóquio da Comissão de Liberdade Religiosa (CLR), esta presidida por um ateu confesso e maçon, Mário Soares, os organizadores convidaram quase todas as religiões mundiais, à excepção de representantes da Igreja Católica. É “natural”… do ponto de vista deles, claro.

A hierarquia católica está apenas representada na sessão de abertura por D. José Policarpo e, mesmo assim, apenas a título de "personalidade de grande mérito em questões de liberdade religiosa" e não enquanto líder da Igreja dominante em Portugal, qual seja, a Católica.

Todavia, foi convidado, para orador, o representante máximo dos inimigos de sempre da Igreja, António Reis, grão-mestre da maçonaria e obviamente não crente. E bem sabemos que a maçonaria é o braço armado do Inimigo. É uma organização que congrega interesses políticos e económicos, profundamente satânica e promotora do satanismo. Para muitos é um meio rápido de atingir o poder político e financeiro, mas o preço a ser pago é a entrega da própria Alma!


Os seus princípios são incompatíveis e inconciliáveis com o Evangelho de Jesus Cristo.


Não é assim “natural” que venha um Bispo português, D. Carlos Azevedo, membro destacado da Conferência Episcopal Portuguesa, afirmar à comunicação social (“DN” de hoje) que "a Igreja Católica está representada com dois elementos na CLR e que não é nada chocante esta orientação da Comissão em convidar religiões mais representadas nos principais palcos de conflito".

Se é o próprio Episcopado português que se demite das suas responsabilidades e não pugna pela representatividade e defesa da Religião Católica, e "esconde", qual virgem envergonhada, os sérios contributos que esta tem dado para a Paz Mundial (veja-se o inesquecível Pontificado de João Paulo II), será o pobre povo crente que o fará? Sem dúvida que o deverá fazer, mas a voz que deveria ser a mais poderosa encontra-se amedrontada, apaga-se num murmúrio de explicações do inexplicável…

Até o próprio Ministro da Justiça - que tutela a CLR – Alberto Costa, outro inimigo do Catolicismo, defende a “actualização” da Comissão às novas “tendências” religiosas, pois que, diz ele, "a Comissão de Liberdade Religiosa tenta abarcar os novos fenómenos religiosos, já que o paradigma das grandes religiões agregadoras de crentes está a mudar".

Isto é uma clara “piada” (de mau gosto) para os dignitários da Igreja Católica Portuguesa, mas estes não a percebem ou não querem perceber…



Só D. Carlos de Azevedo e todos os membros da Conferência Episcopal Portuguesa (são eles D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga (presidente da CEP); D. António Marto (vice-presidente da CEP); D. Manuel Clemente, bispo do Porto (vogal); D. José Francisco Alves, arcebispo de Évora (vogal); D. Albino Cleto, bispo de Coimbra (vogal); D. Gilberto Canavarro Reis (vogal). D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa vogal do Conselho por inerência de funções) devem pensar que isto não é um ataque claro à Igreja Católica Portuguesa.







Lá diz o (bom) povo: quem muito se agacha…

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domingo, 22 de junho de 2008

Que Fazer?



Não, não vou falar desse tal de Lenine. Apenas coloquei aqui a foto de um livro dele por causa do título: “Que Fazer?”

Vejamos.

Estou a ler um livro deveras edificante, que é um enlevo para a Alma, escrito num português belíssimo mas algo “antigo”, “diferente”, "cru" nas suas descrições das emoções e paixões humanas, sobretudo dos homens daquela Lisboa do Séc. XII, escrita "rude" (no bom sentido, não sei se me faço entender – o Autor nasceu em 1902…), enérgico, envolvente, que apenas alguém versado em linguística, como a Conceição Castro ou a Júlia Moura Lopes, poderiam classificar.

Trata-se de “Santo António de Lisboa – Doutor Evangélico” do (falecido em 1990) Pe. Franciscano Fernando Félix Lopes.

Mergulhamos na sua leitura e sentimos a nossa Alma a querer voar, a querer libertar-se, tal como 'Il Santo'…

Trago apenas aqui à colação esta “meditação” do Padre Félix: O nosso Santo António, ao tempo D. Fernando Martins, ao mudar-se para Coimbra, julgou ir ali encontrar “cantinho do céu, povoado só de santos e da paz de Deus”.

Contudo, o governo do Mosteiro estava, nesse momento, entregue ao prior D. João César, “homem sem escrúpulos e de porte escandaloso” (certamente um dos vários factores que levaram o nosso António a mudar-se mais tarde para Santo Antão dos Olivais, feito já frade menor).

Também nós somos amiúde assaltados pelo desejo de nos recolhermos a um obscuro Convento, onde nos pudéssemos entregar totalmente a Deus, fazer as nossas orações em paz, estudarmos a sério a Sagrada Escritura, enlevar-nos com a leitura da vida dos santos, entregar-nos ao essencial (enfim…um ror de projectos!), pois este mundo é apenas um mar de enganos.

Mas, de facto, receamos que, “do lado de lá”, também existam problemas e desavenças, como uma vez um frade amigo me confidenciou elas por vezes existirem de facto.

Como diria Lenine (vade retro), "Que fazer?"

O ser humano “complicado” é, e o inimigo está sempre à espreita de uma oportunidade! …



Desta feita, não tenho resposta a dar… apenas confiar nos desígnios do Senhor… confiar que Ele toque o nosso coração para que, mesmo no turbilhão desta nossa vida, queiramos sempre deixar-nos envolver, como António, pela Sua Luz, e não nos esquecermos, de facto, do essencial. E, o essencial, é Deus.

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sábado, 21 de junho de 2008

Palavras loucas III: O tempo vai longo...



Se ainda estivesses apaixonada por mim,

Quererias transmitir confiança ao meu coração...

Quererias poder amparar-me no mar alteroso do quotidiano…

Quererias suster os rios da minha tristeza interior…

Quererias transformar os meus sonhos em realidade…


Mas não: dizes que o tempo vai longo e que a paixão é coisa de miúdos…





Nota: a foto é da autoria de J.P. Sousa, intitulada "Free".

Em "
http://olhares.aeiou.pt/utilizadores/detalhes.php?id=12540".

Com a devida vénia.

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quinta-feira, 19 de junho de 2008

As sombras da História...





























A História é uma paixão.

Surgiram agora dois volumes sobre a época do Estado Novo, da autoria do historiador e professor José Carvalho. São eles “A Concordata e o Acordo Missionário de Salazar”, e “A Formação de Salazar e o seu tempo”.


O primeiro tem uma dramática actualidade, pois que a “nova” Concordata, assinada a 18 de Maio de 2004, entre a Santa Sé e a República Portuguesa, espera a respectiva regulamentação em áreas tão sensíveis como o Ensino, a Acção Social Cristã, Património e Saúde.

São áreas nas quais, hoje em dia, a maçonaria pretende exercer a sua forte influência. Dai certamente os atrasos sofridos no desenvolvimento daquela.

A famosa Concordata de 1940 pôs termo a uma época de más relações entre a Santa Sé e Portugal, devido à acção perniciosa dos politiqueiros da I República, que apenas quiseram enxovalhar e denegrir a Igreja e, em particular, o Catolicismo.

Atente-se nas leis promulgadas em 1911 sobre a Lei de Separação do Estado da Igreja, a proibição do culto público, a nacionalização dos bens eclesiásticos, o confisco de conventos e a expulsão dos religiosos do País!

“A Formação de Salazar e o seu tempo” lança um luz muito particular sobre Oliveira Salazar, os seus anos de estudante em Coimbra, o seu activismo enquanto membro do CADC – Centro Académico de Democracia Cristã, em boa parte em reacção ao anticlericalismo da I República e da sua política laicizadora; no mesmo livro poemos seguir a sua vida académica, e o seu despertar de ideólogo e doutrinador.


Duas obras que lançam luz sobre os recantos da História, e as motivações dos homens: para compreendermos os dias em que vivemos, temos obviamente de conhecer o passado, e tentar interpretar as sombras que ele lança sobre o presente.

Duas obras de leitura “compulsiva”…

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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dramático...


Dramático…


É dramático que muitos Padres já não acreditem nos Anjos, no Demónio, no Purgatório, no Inferno, e o proclamem do púlpito. E bem sabemos que o maior triunfo daquele é fazer acreditar aos incautos que ele não existe!

É dramático que, com frequência, a Missa seja encarada como um simples convívio social;

É dramático que haja uma má vontade contra a Missa de sempre, ou seja, a Missa tradicional de Rito Tridentino;

É dramático que os sacerdotes, em geral, não enverguem o tradicional vestuário sacerdotal e o respectivo hábito religioso – não se dão a conhecer fora das paredes das Igrejas...

É dramático o afrouxar da vigilância, e o baixar dos braços…



Afinal, não só na Idade Média surgiram heresias: também hoje elas abundam, mas sem que haja uma voz que se lhes oponha…





Nota: na foto, um Pe. "tradicional" : o Santo Padre Cruz.

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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Dia de Santo António.


Acabo de chegar a casa. Derreado mas feliz. Vim do Céu...

De facto, a proximidade com o Transcendente faz-nos mais puros, faz-nos esquecer muitas realidades pueris do nosso quotidiano. Quanto mais pomos os olhos na Beleza de Deus, mais nos esquecemos de nós próprios e das nossas próprias tentações…

Neste Sábado, mais uma vez (graças a Deus) fiz parte da Procissão de Santo António, a qual percorre a zona de Alfama até à Sé: Cruzes da Sé, Rua de S. João da Praça, Largo de S. Rafael, Rua de S. Miguel, Rua da Regueira, Rua dos Remédios, Rua do Vigário, Largo de Santo Estevão, Rua das Escolas Gerais, Travessa de S. Tomé, Largo das Portas do Sol, Largo de Santa Luzia, Rua do Limoeiro, Largo de S. Martinho, Rua Augusto Rosa, Largo da Sé e Igreja de Santo António.

Este é o itinerário daqueles que amam Santo António e, tal como no ano passado escrevi, uma autêntica “via crucis” para aqueles que, em honra do Santo, querem fazer este percurso descalços, através das ruas estreitas, tão bonitas mas, infelizmente, pejadas de vidros das garrafas que os (inconscientes) foliões lançam, na noite anterior, na via pública, sem que a Câmara providencie, na madrugada do dia 12 para 13, a respectiva limpeza.

Adoro as Procissões, manisfestação porventura cândida da nossa Fé, mas de uma grande riqueza espiritual, e um gesto muito enternecedor das nossas gentes.

Sei bem que haverá quem faça a conotação com um alegado “ atraso” do povo, mas que importa? Todos têm direito a procurar viver, a seu modo, o espírito do Evangelho, a demonstrar nas ruas deste nosso País que a Tradição, a Fé não morreram nem podem ficar confinadas dentro das paredes das Igrejas.

O Sagrado sai assim do interior das mesmas e “devassa” as artérias da cidade, purificando-a e espalhando a bênção de Deus…

À noite, celebrou-se, na Igreja de Santo António à Sé, a última Missa às 21H. E estava lá um casal alemão com dois filhos, pequeninos, com uma beleza que não vos sei descrever: um menino e uma menina.

Uma minha amiga confidencia-me, a páginas tantas, que o menino é o Santo António pequenino… de facto, estamos todos electrizados com a sua beleza: com os seus 4 ou 5 anos, e devidamente paramentado, “ajuda à Missa” com total à vontade e, o que é mais, com extrema devoção. Quando se ajoelha e une as suas pequeninas mãos, parece estar em êxtase, e sou “forçado” a reconhecer que nele resplandecia a Luz do Espírito Santo, aquela Luz que, por ser divina, é bela e torna os seres belos também, pois é a Luz que ilumina os Santos e os Anjos de Deus, a Luz do Bem.

E a pequenita? Parecia uma Nossa Senhora, com o seu vestidinho rosa, ajoelhada, e com as suas mãozinhas postas, olhando para Jesus ali presente na Eucaristia.

Quem tem uns filhos assim, não precisa de mais nada para ser feliz.


Nota: uma amiga minha conseguiu “tirar” uma foto daquele Santo Antoninho; se for possível, publicá-la-ei aqui, ok? Esta aqui colocada remonta ao ano de 1952...

Adenda: não foi possível, até ao momento, obter a foto do tal "santo antoninho".
A fim de não se perder a actualidade que "estas coisas" necessáriamente exigem, nesta sociedade tão "frenética", aqui publico uma outra, gentilmente cedida pela "Nádia Jururu" (não vou divulgar o seu verdadeiro nome, claro...), da http://terraimunda.blogspot.com/ a qual aliás fêz uma bela reportagem fotográfica da Procissão de Santo António deste ano da Graça de 2008, vasta reportagem essa que, com generosidade franciscana, me cedeu a título particular, e da qual aqui publico uma foto, com a sua prévia autorização.

Na foto em questão, pode ver-se, em primeiro plano, o Pe. José Ferreira, de "respeitáveis" barbas brancas, e o Pe. Henrique Pinto Rema, especialista em Sto. António (ambos frades franciscanos).

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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Moderação de Comentários.




Peço desculpa aos leitores e amigos que fazem o favor de me aturar: tive de activar a moderação de comentários, por via de um tratante que se intitula mui nobre e laico... e que andava a perturbar a "paz do Senhor" que existe nesta modesta folha.



Aqui não pretendemos maltratar ninguém, e respeitamos a divergência de opiniões, mas hélas! Quando nos apelidam de corja!... Temos de dizer BASTA!



É a "democracia" da lama e do insulto...

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Em Portugal, Nação e Igreja são equivalentes.



"Em Portugal, Nação e Igreja são equivalentes."


Para aqueles que me acusam de “confundir” Estado e Catolicismo, eis a resposta neste estudo publicado no “Jornal Público” do dia 10 de Junho 2008.

A transcrição (parcial) segue, com a devida vénia.


Estudo revela factores da identidade nacional: nascer no país é importante, a religião católica também.

Ser português equivale a ser religioso, e mais concretamente católico: é assim que pensam 68,5 por cento dos cidadãos, segundo os resultados de um inquérito sobre identidade nacional realizado no âmbito do projecto International Social Survey Programme (ISSP).

(…)
Dos 34 países inquiridos no estudo do ISSP (o lado português do estudo esteve a cargo do Instituto de Ciências Sociais), Portugal está em sétimo lugar na importância dada à religião como elemento definidor da identidade nacional. Na União Europeia, só é ultrapassado pela Polónia e Bulgária. No resto do mundo, pelas Filipinas, por Israel, pela África do Sul e pela Venezuela.
O historiador José Sobral (um dos coordenadores do estudo, com o sociólogo Jorge Vala) vê na identificação dos portugueses com a religião um produto tanto do passado distante como da história recente.
Recuando à época medieval, os portugueses viam-se e eram apontados, nas narrativas nacionalistas, como tendo uma relação especial com Deus: eram uma espécie de povo escolhido, a quem fora dada a missão de espalhar a fé pelo mundo. Este sentimento foi reforçado de modo a legitimar a expansão imperial, frisa Sobral.
Apesar do abanão da I República, o catolicismo voltou a florescer no Estado Novo, tendo-se reconstituído como um pilar do nacionalismo oficial promovido por Salazar.


(…)

O sentimento religioso faz parte de um bolo que nos afasta da maioria dos nossos parceiros europeus. Os portugueses privilegiam como atributos maiores da identidade nacional um lugar subjectivo (o sentir-se português) e o conhecimento da língua; no entanto, estão muito acima da média europeia na importância que dão, como traços constitutivos da identidade nacional, ao ter-se nascido no país e contar com antepassados nacionais.

(…)

Em conjunto com a importância dada à religião, estes dados dão forma a uma concepção fechada da identidade nacional, descrita pelo antropólogo como uma resposta, uma reacção crispada, à crescente abertura do país, tanto no que respeita aos imigrantes como à integração na UE. Leal não considera contudo que se possa concluir que os portugueses são mais patrióticos ou mais nacionalistas do que a média europeia. O que é diferente é o tipo de relação com a ideia que fazem de Portugal.
É o que revela o outro bloco do inquérito do ISSP, que se debruçou sobre as fontes de orgulho nacional. Aí, Portugal está entre os cinco países que mais orgulho manifestam na sua História, em 15º lugar quando se trata de enaltecer os feitos em literatura e artes (…).

(…)

Para os portugueses, a grandeza continua então a ser pertença do passado.

Mas o nacionalismo não se esgota nos grandes épicos. Antes, defende o historiador, reproduz-se no quotidiano por via de uma série de manifestações do chamado nacionalismo banal. Pode ser a defesa de um vinho, de um azeite, de um prato, de uma música ou... da selecção nacional, que volta a ser agora, nestes dias do Euro 2008, o grande pólo agregador do orgulho português.

(…)

Os portugueses continuam a hipervalorizar o sangue e a terra.
(...).



Afinal, quem tinha razão? Ainda vão dizer que a culpa foi do Estado Novo?


Como afirma José Manuel Fernandes, em editorial do “Público”,

“O catolicismo nacional, que resistiu ao liberalismo do século XIX e ao republicanismo jacobino do século XX, é um fenómeno que não pode ser explicado apenas por efeito de um regime que durou meio século. Ou então há muito que Fátima teria deixado de ser o fenómeno de multidões que continua a ser.
Esta realidade deve ser entendida no quadro de uma afirmação nacional antiga, com quase nove séculos, e que é absolutamente única na Europa.”



Eu, humilde apaixonado pela História, não diria melhor…

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terça-feira, 10 de junho de 2008

“Só quero comemorar o Dia da Raça, de Portugal e das Comunidades”.




Não “entendo” a agitação criada pelo facto do Presidente da República – Cavaco Silva – ter-se referido ao Dia de Portugal como “o dia da raça”.

Com efeito, o Bloco de Esquerda (BE) considerou que aquele recuperou a “terminologia racista e segregadora do Estado Novo”.

Nada mais errado. Com efeito, o denominado “Estado Novo” o que pretendia era sublinhar a especificidade do povo português face aos restantes povos europeus.

Ainda hoje comprei a “pequena” História de Portugal – livro de bolso – do José Hermano Saraiva, numa nova edição por ele ampliada. É um prazer envolvê-la com a mão, de tão pequena no formato, mas tão rica no seu interior.

Portugal, com uma História de séculos, mítica como nenhuma outra (“Portugal foi um acaso ou um projecto para transformar a História?”, interroga-se Rainer Daehmhardt no seu “Portugal Cristianíssimo”) era dos Estados mais antigos da Europa e tinha um "Império Colonial" inigualável a todos os níveis. Não é por acaso que os povos da nossa África ainda hoje têm uma relação especial e íntima com os portugueses... saudades até, como me dizem amigos que se deslocam amiúde a Angola Moçambique e Guiné-Bissau.


Como disse Conceição Meireles, especialista em História Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, esta era a “raça” do povo português que tinha de ser “exaltada a todo o custo”, era a “raça no sentido do dia do povo português”.

Ainda segundo aquela historiadora, o conceito de raça no Estado Novo deverá ser entendido no sentido em que significa “um povo diferente, aparentemente frágil, mas com valores que lhe permitiram grandes realizações”.


No dia da Raça e de Camões “exaltava-se a nação e o império, a metrópole e as colónias”.

E era “pecado” fazê-lo? Certamente que não!

Não podemos olhar o passado com os olhos do presente. Temos de compreender o contexto social e político em vigor ao tempo, não só no País mas também na Europa e no mundo.


Hoje que temos? Nada. Portugal já não vai do “Minho a Timor”. Somos assim uma Nação amputada do seu legítimo território.

Que poderemos então comemorar no dia de hoje, o “10 de Junho” ?

Como a História não se pode apagar (no caso, felizmente!) poderemos exaltar nestes dias plúmbeos as antigas virtudes do povo português (hoje adormecido) e o esplendor da sua História.

Nuno Álvares Pereira, o “Beato Nuno”, Vasco da Gama, Camões, Santo António, a Rainha Santa Isabel, esposa do Rei Dom Dinis, o Infante Dom Henrique… que sei eu?!


Porém, hoje vivemos como que acorrentados a esta nesga de terra, desesperados, deserdados de tudo, até da esperança…


O Portugal que ainda conheci já morreu. Um Portugal onde o (piedoso) povo cantava temas como este:

Quem quer ver a barca bela
Que se vai deitar ao mar?
Nossa Senhora vai nela,
Os Anjos vão a remar!

São Vicente é o piloto.
Jesus Cristo o general.
Que linda bandeira levam!
Bandeira de Portugal!

Que lindo, não é?


(retirado este recitativo do meu livro de leitura da 3ª Classe – um livro perigosamente "fascista"…).

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domingo, 8 de junho de 2008

Da Fé, das "fézinhas" e das "fézadas".


O Campeonato da Europa é um dos maiores eventos desportivos do Mundo.

Todavia, tal facto não explica, ou melhor, não “justifica” que os portugueses andem a oferecer imagens de santos, “santinhos”, a Scolari, e que muitas “alminhas” deste País andem a rezar para que Portugal ganhe o certame.

Então, mas permitem-se “incomodar” os Santos para isto? Mas que fé mercantilista é esta?

Não vejo reunirem-se largos milhares de portugueses para rezarem pelo fim da pobreza, das injustiças sociais, económicas, pelo fim das “pequenas” guerras que existem no seio da nossa sociedade. Pelo fim deste governo iníquo, que afronta a Igreja Portuguesa, pelo fim da apostasia, da rebelião e do abandono dos ensinamentos originais de Jesus Cristo e de seu Pai, enfim pelo fim do ateísmo militante que grassa neste País.

Isso sim, seria deveras importante. E, como a nossa Pátria é terra de Santa Maria, Esta certamente ouvir-nos-ia e levaria ao Seu Filho as preces deste povo. Poderíamos voltar a ser abençoados…

Mas não: o que hoje em dia as “massas” pretendem é “panem et circenses”, elementos essenciais que mantinham na antiga Roma a plebe sossegada…


Táctica hoje levada a cabo com êxito como se vê…

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sábado, 7 de junho de 2008

Mais pobres.


Yves Saint Laurent, último mito vivo que revolucionou a indumentária feminina do século XX, deixou este mundo.

Foi um pioneiro no mundo da moda, e tão influente como os seus pares Christian Dior ou Coco Chanel.
Pelas suas mãos mágicas, a Mulher, já de si um ser intrinsecamente belo, ficou mais belo ainda.

Por seu expresso desejo, as cinzas do estilista serão depositadas nos jardins Majorelle em Marrakech, Marrocos, junto à sua residência.

Tal cerimónia terá lugar na próxima quarta-feira (dia 11).

Marrakech, dizem quem a conhece, que guarda uma certa aura mística, e exerce um estranho fascínio em quem a visita. Marraquexe, a quarta cidade imperial do reino de Marrocos…

Cidade que imagino de cores mágicas, rituais de luzes, os chamamentos para as orações, as vozes dos contadores de histórias na praça de Jemaa el-Fna, aquela que dizem ser a mais mítica praça de Marrakech, senão de todo o Marrocos.

Certamente que esse fascínio terá atingido o coração de Yves Saint Laurent, ele que, aliás, nasceu na Argélia, colónia da França…


A França está mais pobre. Estamos todos mais pobres e sozinhos.

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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Quero-te para te sonhar...



"Querem escrever sob este mote?"
desafiou a Cleo, no seu http://cleopatramoon.blogs.sapo.pt/ .


QUERO-TE
NÃO PARA TE TER
MAS PARA TE SONHAR.


Bem, a "responsabilidade" é toda da Cleo...




Adoro fazer amor contigo, poder tocar a tua pele macia, beijar o teu cabelo e ver o teu rosto subitamente calmo.

E que dizer dos teus tímidos beijos, embora eles sejam doces como as cerejas?

Pena que a ânsia de te ter seja tanta, e o tempo tão pouco!

Quero o teu corpo todo, a vertigem do teu pescoço, os teus suaves ombros, os teus pés pequeninos e tão macios… Quero a tua boca, os teus murmúrios, os teus gemidos...

Quero-te cada vez mais, a fome que tenho de ti não se sacia… Mas não te quero para te ter, mas para te sonhar. Sonhar contigo ao longo do dia, quando estou longe de ti, quando não posso ouvir a tua voz, quando apenas posso imaginar a cor dos teus lábios no preciso momento em que penso em ti e te chamo em silêncio.

Saber que posso sonhar contigo, pois tu estás algures à minha espera, é o verdadeiro bálsamo da minha existência, o que me faz respirar dentro destas quatro paredes sufocantes que é actualmente Portugal.




Nota: "Soft Step" - foto da autoria de Hugo Macedo - com a devida vénia.

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domingo, 1 de junho de 2008

Mês do Coração de Jesus.


Jesus, que nos ama, mostra-nos o seu Coração como sendo a fonte da vida, da santidade e da nossa redenção.

Liturgicamente, o mês de Junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus que, no universo cristão, é visto como fonte de amor misericordioso.


A Europa do Iluminismo rejeitou o Coração de Cristo.

Porém, e após os horrores da Revolução Francesa e das guerras napoleónicas, a devoção ressurgiu.

Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus.




Neste mês, digamos com fé e esperança:

Jesus, eu confio em Vós!

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