Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

O Amor Reparador como resposta ao Pecado.



Fátima: uma outra Dimensão. É um Mistério. Quando nos encontramos em Fátima, o nosso espírito modifica-se. Uma exaltação permanente toma conta dele. Como que nos sentimos mais perto de Deus, do nosso querido Jesus e de Sua Mãe, a qual deve estar, como em 1917, contristada pelo rumo que a Humanidade leva. E, esse rumo, se já não conduziu esta ao abismo, tal se deverá a Santas Almas que permanentemente oram a Deus e Lhe imploram a Sua Misericórdia, a qual é, como sabemos, “assombro para os Anjos, inconcebível para os Santos”.

Dessas Almas chamo aqui à colação as Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima, as quais, na esteira do seu fundador, o Padre Manuel Nunes Formigão (aquele que ao tempo das Aparições melhor soube ler o Mistério que tinha diante de si), “vivem Jesus Cristo no Seu mistério de entrega ao Pai e aos homens”.

Como se pode ler no “blog” destas Irmãs a “reparação é um mistério de amor que envolve a pessoa e a missão redentora de Jesus Cristo”. E assim vão salvando muitos de nós que, sem a sua providencial intervenção junto de Deus, estariam perdidos e mergulhados nas Trevas…

Neste fim-de-semana tive o prazer de conviver com elas, nas "V Jornadas de Espiritualidade Reparadora", que em boa hora aliás promoveram pois que, pressinto, muitos de nós, Católicos, desconhecemos esta Obra, a sua vital importância nos dias que correm, e a figura incontornável do Padre Formigão.

Como disse, nestas Jornadas, o Padre Dário Pedroso, enquanto houver pecado no Mundo, haverá necessidade da Oração Reparadora e fazer da nossa vida um acto de amor reparador.

É isto que estas Irmãs fazem e que nos ajudam a concretizar no nosso quotidiano.

Obrigado Irmãs, pelo vosso Amor e pelas Graças que obtendes para nós, pobres de Deus…
NotaI: na foto ("furtada" ao referido "blog" - mea culpa...) podemos contemplar a escultura que representa o Padre Formigão conversando com a Jacintinha, colocada que está no Jardim das Irmãs. Um pedaço de Paraíso...

NotaII: o blog em referencia, como já temos indicado, é o seguinte:

http://reparadorasideias.blogspot.com/

(Boas leituras!)

sexta-feira, 27 de abril de 2007

No rescaldo do 25A: Palavras de ontem. Poderiam ser de hoje...


Gosto de revisitar velhos papéis, livros já antigos, a lembrar que também o Tempo por mim vai passando…

Palavras de ontem? Sim, mas aplicam-se aos nossos dias…

Num País à deriva, como é este Portugal da III República, refém de interesses inconfessáveis, quiçá os mesmos interesses que construíram a I República, as palavras de Marcello Caetano ressoam em todo o seu esplendor, em toda a sua urgência:


“Hoje como ontem, o País quer liberdade religiosa, respeito pelo Santo Nome de Deus e consideração pela Igreja. (…).

Hoje como ontem, o País quer a integridade da família com o direito para os pais de educarem os filhos segundo as suas crenças.

Hoje como ontem, o País repele a desordem e a indisciplina na vida pública, a insegurança de vidas e de bens, a agitação provocada por uma minoria de desordeiros e irresponsáveis, as intrigas tecidas por ambições de grupos e clientelas e as aventuras contrárias ao seu espírito e às suas tradições.

Hoje como ontem, o País pretende trabalhar, agir e progredir sem o barulho das palavras inúteis e sem o pesadelo da política estéril, que deixa arruinar o património nacional, comprometer a situação financeira e cair o crédito interno e externo.

Hoje, como ontem, o País prefere à proclamação ociosa de muitos direitos que de facto não exerça, um regime que lhe dê a liberdade possível e a autoridade necessária.

Hoje como ontem, o País quer ser governado em termos tais que os seus interesses mais altos e permanentes sejam zelados, defendidos e prosseguidos eficientemente e não abandonados, por força da instabilidade dos governantes e da má designação deles.”

(Conferência no Palácio da Bolsa da cidade do Porto em 27 de Maio de 1946).


Marcello Caetano, Homem da Igreja, Homem de Cultura, distinto Administrativista. Aquele que não traíu. Aquele a quem devo a minha paixão pelo Direito Administrativo.
Resquiat in Pace!

terça-feira, 24 de abril de 2007

LABOREM EXERCENS... Do valor do trabalho.



Nestes tempos conturbados que nos são dados a viver, em que a precariedade no trabalho foi elevada ao altar da virtude, convém (sempre...) revisitar a História, a qual, ao contrário daquilo que nos pretendem fazer crer, não é de leitura linear, nem é a preto e branco: de um lado os maus, do outro os “bonzinhos”…

No que diz respeito à crescente fragilidade do Estado, e à insegurança que nas suas estruturas se vive (que apenas serve obscuros e subterrâneos interesses privados), ela é por demais paradoxal se atentarmos que vivemos num Estado dito de Direito.
Conviria então, no terreno das relações laborais, chamar à colação o texto de um Estadista português, acerca precisamente da natureza do trabalho:


“A Providência deu-nos o dom de tornar o trabalho necessário e, felizmente, por mais que se progrida e por mais que se acumule, será sempre necessário trabalhar para viver; de outra forma os homens morreriam de aborrecimento, numa atmosfera de vício. Se, apesar desta necessidade e este dever, se chega por vezes a uma situação em que uns são condenados à inactividade para que outros vivam, é porque nós não organizámos bem a vida, ou não conhecemos o segredo de organizá-la melhor -­é contrário à natureza das coisas que o trabalho deixe em alguma circunstância de ser factor de riqueza para se converter em fonte de miséria”.

Quem o disse foi Oliveira Salazar. E, curiosa e dramaticamente, não é necessário ser “salazarista” para concordar com ele…


Nota I: Trecho retirado do livro “ Como se levanta um Estado”, da autoria do próprio Oliveira Salazar. Acabado de editar pela “Atomicbooks”.
Nota II: Na foto, Salazar beijando a mão da Rainha Sirikit da Tailândia e o Rei Bumipho (Lisboa, 1960). Tempos de elegância...

terça-feira, 17 de abril de 2007

Quoniam tu solus Sanctus...

(Jesus e a pecadora...)





Dá-me imensa tristeza constatar que vivemos num País onde a mesquinhez é rainha… e que há sempre alguém pronto a atirar pedras ao próximo.

As dúvidas que o Jornal "Público" lançou sobre a forma como o Primeiro-Ministro concluiu o curso de Engenharia Civil, mais não são que um “faits divers” numa terra cheia de problemas por resolver.

Mas problemas esses que vão sendo paulatinamente (de algum modo quiçá penoso) resolvidos, como o combate ao défice e à recuperação das dívidas à Segurança Social, tema que me é caro.

Assim, nesta fase decisiva de implementação de necessárias reformas, Portugal não pode ficar preso à questão da qualidade do curso concluído na Universidade Independente por José Sócrates.

Mas tudo isto se prende, afinal, com a perda da autoridade do Estado e do prestígio que este deixou de ter…


Concluiria, dizendo:

“Aquele de vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra”
(São João, 8-7).

Amigos, rezemos pelos Políticos para que eles, licenciados ou não, governem bem este nosso País... todos nós, aliás, bem precisamos da Luz...

Sanctissimi Patris Nostri Francisci


Ocorreu, neste mês de Abril, no Convento de Montariol, sito em Braga, o 36.º Capítulo Provincial da Ordem dos Frades Menores (OFM).

Deste, resultou a eleição de Frei Vítor Melícias para o cargo de Superior Provincial dos Franciscanos em Portugal.

Como Vigário Provincial, foi eleito o meu muito querido Amigo, o Reitor da Igreja de Santo António à Sé (Lisboa), Frei Armindo de Jesus Carvalho. Aquele que na fotografia (“furtada” ao blog do Frei Albertino Rodrigues, Ofm – http://betus-pax.blogspot.com/ ) está situado no primeiro degrau à direita.

O Frei Vítor Melícias todos conhecem…

Passados que são 800 anos sobre o caminhar de São Francisco e de Santa Clara, nesse tempo de magia que foi a Idade Média, as sementes por estes plantadas continuam a dar o seu fruto.

Com efeito, numa época em que é posta em causa a Verdade depositada nos Evangelhos, oferecidos que foram aos homens vindouros pelos Discípulos de Jesus, é reconfortante abrigarmo-nos à sombra de São Francisco e de Santa Clara.
Este par de apaixonados por Jesus orientou sempre a sua vida espiritual pelos ensinamentos naqueles revelados, e deles não se desviou. Ambos confiaram, pois, na Palavra que vive na Sagrada Escritura.

Assim devemos nós fazer, não nos deixando perturbar, nos dias que correm, pelas ciladas que os inimigos de Deus armam aos espíritos mais frágeis…

Sit laus et gloria Christo!
(louvor e glória a Cristo)

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Lux Aeterna...


O realizador James Cameron (aquele do “Titanic”…) produziu um documentário intitulado "O Sepulcro Esquecido", exibido ontem à noite na televisão, o qual mereceu comentários do Padre Carreira das Neves, Franciscano, e de uma antropóloga forense.

Trata-se, segundo aquele cineasta, de um túmulo de há 2 mil anos, situado em Talpiot, nos arredores da Cidade Santa de Jerusalém, o qual teria sido utilizado para guardar os restos mortais de Jesus e da sua “família”. E sustenta a sua tese com base nas inscrições apostas nos túmulos: Jesus, filho de José; Judá, filho de Jesus; Mariamne; Maria; José; e Mateus.

Contudo, o cientista que trabalhou nas escavações nos idos de 80, Amos Kloner, afirma que o túmulo de Talpiot pertencia a uma família de classe média do primeiro século.

Ora, bem sabemos que a família terrena de Jesus é originária da Galileia, sem ligação a Jerusalém.

De facto, o que está bem implícito no referido documentário é a tentativa de refutação da Ressurreição de Jesus Cristo e, consequentemente, a tentativa de minar os alicerces da Fé Católica.

Fiquei admirado pela “rendição”, digamos assim, do referido teólogo, segundo o qual, se bem percebi, a provar-se a veracidade de tal descoberta, tal constituiria motivo, no mínimo, de perplexidade ou perturbação para nós, cristãos.

Mas, eu que nada sei, e que sou um pobre analfabeto ao pé do Padre Carreira das Neves (que aliás aprecio imenso), repouso o meu espírito na leitura dos doces Evangelhos.
Então vejamos:

Diz-nos São Lucas (24, 1-6):
"1. No primeiro dia da semana, ao romper da alva, as mulheres foram ao sepulcro, levando os perfumes que haviam preparado.
2. Encontraram removida a pedra da porta do túmulo
3. e, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
4. Estando elas perplexas com o caso, apareceram-lhes dois homens em trajes resplandecentes.
5. Como estivessem amedrontadas e voltassem o rosto para o chão, eles disseram-lhes: "Por que buscais o Vivente entre os mortos?
6. Não está aqui; ressuscitou!”.

As mulheres eram Maria de Magdala, Joana e Maria, mãe de Tiago...


De igual teor, temos o maravilhoso relato de São Marcos (16, 1-8). E o de São Mateus (28, 1-10) e de São João (20, 1-18).

E que dizer das aparições de Jesus, primeiro a Maria de Magdala e, depois, aos Seus Discípulos?!


Curioso é o facto destas "descobertas" e consequentes “dúvidas” virem a lume no rescaldo da Páscoa (passagem) do Senhor, que passou da morte à Vida!…


Quem nos dera ser como Maria Madalena e com ela dizer:

Vi o Senhor!
(São João, 20-18).

domingo, 15 de abril de 2007

DIVES IN MISERICORDIA...


Neste dia, segundo Domingo depois da Páscoa, no qual se celebra a Festa da Divina Misericórdia, Jesus Cristo oferece-nos de modo especial a Sua Misericórdia mas, por outro lado, chama cada um de nós a ter misericórdia para com os outros, especialmente nos nossos dias tão atribulados, em que toda a fraternidade não é demais para suavizar o quotidiano de todos nós.

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” ! (São Mateus 5,7).


Jesus disse a Santa Faustina Kowalska:

“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximarem da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas.”



Aproveitemos, pois, a Redenção que Jesus nos oferece!


E façamos como o Salmo nos exorta:

"Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
Porque é eterna a sua misericórdia."

[Salmo 117 (118)]

domingo, 8 de abril de 2007

Maria Madalena: Aquela que viu a causa da nossa alegria.




Neste Domingo a Igreja celebra a Ressurreição de Jesus, a razão pela qual nós, Crentes, somos os mais felizes dos Homens… E testemunha primeira de tal maravilha foi Maria Madalena, aquela mulher que permaneceu, na companhia da Virgem Maria e de São João, aos pés de Jesus Crucificado.

Na verdade, já na madrugada de Domingo, Maria Madalena chora, junto do Sepulcro, a perda do querido (e tão martirizado) corpo de Jesus.

E, ó Sagrado Prodígio! Eis que Jesus lhe aparece: “Mulher, porque choras? A quem procuras? (…). Maria! (João, 20, 15).

E eis que Maria Madalena O reconhece!

Que felicidade poder ver Jesus! Que felicidade ser salvo por Jesus!



Porque choras, homem?
Porque muito pequei (e peco) Senhor! Ajuda-me a ser santo!

Nota: Pintura de Francisco Henriques (14??-1518) - "Aparecimento de Cristo a Madalena"

sábado, 7 de abril de 2007

Sábado Santo.




Como disse São Bernardo, “No mesmo tempo que Jesus sacrificava o corpo, a Mãe imolava a alma”.

Sábado Santo. Dia do Silêncio. Do Grande Silêncio. A própria Palavra mantém-se em silêncio.

Assim, neste dia, todos nós, Crentes, velamos o corpo de Jesus no sepulcro.

Contudo, esta manhã de Sábado, em que Cristo está sepultado e os Seus discípulos perdidos e dispersos, é prenunciadora do Seu triunfo sobre a Morte e o Mal. De facto, logo à noite celebraremos a Vigília em honra do Senhor, segundo uma antiga tradição:

“ (…) Esta noite do Senhor será de vigília para todos os filhos de Israel nas suas gerações”

(Livro do Êxodo, 12, 42)


Mais tarde, ainda no decorrer desta mesma noite, Maria Madalena vai ser a fonte da nossa esperança e alegria, ao ter um encontro que todos nós também queremos ter!

Aguardemos.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Sexta-Feira Santa.


"Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
Quia per sactam Crucem tuam redimisti mundum".
Hoje, São João relata-nos o Mistério da Cruz de Cristo. Ele bem que deixou um aviso aos Homens vindouros:
"Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também" ( São João, 19, 35).
Sexta-feira Santa. No Passado e no Presente. É, por assim dizer, o dia do Pecado, o dia do Mal e do seu poder terrível.
E, dramático, é o facto do pecado e do seu poder devastador, se manter neste mundo. O mundo que continua a preferir as trevas à Luz, o pecado ao Bem, a morte à Vida.

Choca-me constatar o paganismo que, nestas ruas de Lisboa, se espalha. Celebra-se apenas a indiferença, perante a morte de Jesus há dois mil anos.
Que dizer dessa mole de gente que, aproveitando o calendário litúrgico, vai a “banhos” e nem se lembra que Deus continua à espera que o Homem se volte para Ele? Que modifique o seu modo de vida, que ajude o seu semelhante, e que apenas saiba plantar neste mundo sementes de amor e esperança?

Esta sociedade alienada nem sequer reflecte nesta verdade: Jesus, com a Sua vida terrena, e com a Sua Paixão que agora alguns de nós, Seus Filhos, celebramos, identificou-se com o Homem que perdeu Deus, ou nem sequer sabe que O perdeu. Ou que simplesmente O rejeita.

Este dia em que o Mal (aparentemente) venceu é, todavia, o dia da Redenção, pois a morte de Jesus foi uma morte que significa a salvação para nós, que n’Ele cremos e O amamos.
Hoje, a Igreja não invoca as palavras sacramentais da Eucaristia: "Hoc est corpus meum, quod pro vobis tradetur... Hic est enim calix Sanguinis mei, novi et aeterni testamenti, qui pro vobis et pro multis effundetur in remissionem peccatorum", mas antes proclama: "Ecce lignum crucis in quo salus mundi pependit. Venite adoremus. Adoramus te, Christe".
Resta-nos a nós, que somos simples ovelhas do Senhor, suplicar, por entre as nossas dores:

"Fili Redemptor mundi Deus, miserere nobis"!


Nota: Pintura de Josefa de Óbidos (1630 – 1684): "Calvário" (Santa Casa da Misericórdia de Peniche).

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Missa in Coena Domini - (Quinta-Feira Santa: A Última Ceia).



"Tenho ardentemente desejado comer convosco esta Páscoa, antes de padecer."
(São Lucas, 22, 15).



Neste dia, a Igreja recorda a Ceia do Senhor, durante a qual Ele lavou os pés aos seus discípulos, e os instituiu sacerdotes da sua Palavra, dos Seus Sacramentos e da Sua Salvação.
Naquela Ceia, Ele instituiu o Sacramento da Eucaristia. Quem deseja segui-l’O, deve pois sentar-se à Sua mesa.

Mas, como nos alerta Bento XVI, neste Tríduo Pascal estamos perante "a comemoração do combate supremo entre a Luz e as Trevas, entre a Vida e a Morte", combate no qual "o triunfo final é de Cristo".


É uma luta quotidiana, pois o Mal espreita, cerca-nos para nos perder, pois que este barro é frágil…

Resta-nos, assim, rezar, rezar sempre…

Kyrie, eleison.
Christe, eleison.
Kyrie, eleison.
Iesu, audi nos.
Iesu, exaudi nos.
Pater de caelis, Deus, miserere nobis.



Nota: Pintura de Francisco Henriques, 14??-1518: "A Última Ceia".

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Semana Santa: um espaço de Redenção.



A Semana Santa é um espaço que nos é dado para reflectirmos nos momentos fundamentais da nossa Redenção, proporcionada pelo Filho de Deus, tornado Homem.

"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida", disse Jesus (São João, 14,6).

Seguir o caminho que nos conduz a Ele, é todo um programa de vida.

Quem dera possuir a inocência das crianças!

“Deixai vir a Mim as criancinhas e não as embaraceis, porque o Reino de Deus é dos que se parecem com elas” (São Lucas, 18, 16).

domingo, 1 de abril de 2007

Domingo de Ramos


O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, evocando a entrada de Jesus em Jerusalém.

O belo Evangelho de São Lucas evoca a Paixão do Senhor, e revela-nos o Mistério do Seu Amor.

Jesus, perante o sofrimento que se avizinhava, não recuou. O Seu Caminho de fidelidade ao Pai conduziu-O à Cruz.

Nós, pobres homens, ao atentarmos na grandeza do gesto de Jesus, apenas podemos fazer penitência por termos transformado este mundo, que seria o Paraíso inicial, num lugar de dor e sofrimento, para nós próprios e para o nosso semelhante.
Mas devemos enfrentar este mundo, sabendo que esta vida tem sentido, e que este se encontra apenas em Jesus.

Que a Ressurreição de Jesus Cristo ilumine as nossas vidas!

Como diz a Ir. Mª Júlia da Conceição Moreira, Superiora Geral das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima,

“Supliquemos a Nossa Senhora das Dores, que esteja connosco nesta caminhada Quaresmal, nos ensine a contemplar… o Rosto e o Coração Trespassado de Seu Filho”
( http://www.reparadorasfatima.pt/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1)



"Jesus, lembra-te de mim, quando vieres com o teu Reino”
São Lucas, 23-42.