“Só quero comemorar o Dia da Raça, de Portugal e das Comunidades”.
Não “entendo” a agitação criada pelo facto do Presidente da República – Cavaco Silva – ter-se referido ao Dia de Portugal como “o dia da raça”.
Com efeito, o Bloco de Esquerda (BE) considerou que aquele recuperou a “terminologia racista e segregadora do Estado Novo”.
Nada mais errado. Com efeito, o denominado “Estado Novo” o que pretendia era sublinhar a especificidade do povo português face aos restantes povos europeus.
Ainda hoje comprei a “pequena” História de Portugal – livro de bolso – do José Hermano Saraiva, numa nova edição por ele ampliada. É um prazer envolvê-la com a mão, de tão pequena no formato, mas tão rica no seu interior.
Portugal, com uma História de séculos, mítica como nenhuma outra (“Portugal foi um acaso ou um projecto para transformar a História?”, interroga-se Rainer Daehmhardt no seu “Portugal Cristianíssimo”) era dos Estados mais antigos da Europa e tinha um "Império Colonial" inigualável a todos os níveis. Não é por acaso que os povos da nossa África ainda hoje têm uma relação especial e íntima com os portugueses... saudades até, como me dizem amigos que se deslocam amiúde a Angola Moçambique e Guiné-Bissau.
Com efeito, o Bloco de Esquerda (BE) considerou que aquele recuperou a “terminologia racista e segregadora do Estado Novo”.
Nada mais errado. Com efeito, o denominado “Estado Novo” o que pretendia era sublinhar a especificidade do povo português face aos restantes povos europeus.
Ainda hoje comprei a “pequena” História de Portugal – livro de bolso – do José Hermano Saraiva, numa nova edição por ele ampliada. É um prazer envolvê-la com a mão, de tão pequena no formato, mas tão rica no seu interior.
Portugal, com uma História de séculos, mítica como nenhuma outra (“Portugal foi um acaso ou um projecto para transformar a História?”, interroga-se Rainer Daehmhardt no seu “Portugal Cristianíssimo”) era dos Estados mais antigos da Europa e tinha um "Império Colonial" inigualável a todos os níveis. Não é por acaso que os povos da nossa África ainda hoje têm uma relação especial e íntima com os portugueses... saudades até, como me dizem amigos que se deslocam amiúde a Angola Moçambique e Guiné-Bissau.
Como disse Conceição Meireles, especialista em História Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, esta era a “raça” do povo português que tinha de ser “exaltada a todo o custo”, era a “raça no sentido do dia do povo português”.
Ainda segundo aquela historiadora, o conceito de raça no Estado Novo deverá ser entendido no sentido em que significa “um povo diferente, aparentemente frágil, mas com valores que lhe permitiram grandes realizações”.
No dia da Raça e de Camões “exaltava-se a nação e o império, a metrópole e as colónias”.
E era “pecado” fazê-lo? Certamente que não!
Não podemos olhar o passado com os olhos do presente. Temos de compreender o contexto social e político em vigor ao tempo, não só no País mas também na Europa e no mundo.
Hoje que temos? Nada. Portugal já não vai do “Minho a Timor”. Somos assim uma Nação amputada do seu legítimo território.
Que poderemos então comemorar no dia de hoje, o “10 de Junho” ?
Como a História não se pode apagar (no caso, felizmente!) poderemos exaltar nestes dias plúmbeos as antigas virtudes do povo português (hoje adormecido) e o esplendor da sua História.
Nuno Álvares Pereira, o “Beato Nuno”, Vasco da Gama, Camões, Santo António, a Rainha Santa Isabel, esposa do Rei Dom Dinis, o Infante Dom Henrique… que sei eu?!
Porém, hoje vivemos como que acorrentados a esta nesga de terra, desesperados, deserdados de tudo, até da esperança…
O Portugal que ainda conheci já morreu. Um Portugal onde o (piedoso) povo cantava temas como este:
Quem quer ver a barca bela
Que se vai deitar ao mar?
Nossa Senhora vai nela,
Os Anjos vão a remar!
São Vicente é o piloto.
Jesus Cristo o general.
Que linda bandeira levam!
Bandeira de Portugal!
Que lindo, não é?
Como a História não se pode apagar (no caso, felizmente!) poderemos exaltar nestes dias plúmbeos as antigas virtudes do povo português (hoje adormecido) e o esplendor da sua História.
Nuno Álvares Pereira, o “Beato Nuno”, Vasco da Gama, Camões, Santo António, a Rainha Santa Isabel, esposa do Rei Dom Dinis, o Infante Dom Henrique… que sei eu?!
Porém, hoje vivemos como que acorrentados a esta nesga de terra, desesperados, deserdados de tudo, até da esperança…
O Portugal que ainda conheci já morreu. Um Portugal onde o (piedoso) povo cantava temas como este:
Quem quer ver a barca bela
Que se vai deitar ao mar?
Nossa Senhora vai nela,
Os Anjos vão a remar!
São Vicente é o piloto.
Jesus Cristo o general.
Que linda bandeira levam!
Bandeira de Portugal!
Que lindo, não é?
(retirado este recitativo do meu livro de leitura da 3ª Classe – um livro perigosamente "fascista"…).
Etiquetas: A História é uma paixão
8 Comments:
E também é o dia do Anjo de Portugal, festa religiosa, ao que sei concedida exclusivamente pela Santa Sé a Portugal.
Abraço amigo em Cristo
Que blog fascizóide e acéfalo... E Cristo será o Cristo dos Cristãos, o que nasceu e morreu pelos homens todos ou é um Cristozito particular, beato e vergonhosamente saudoso de um Portugal retrógado e...
A minha família é honrada, secular e envergonha-se com corjas destas
Sancho Moniz de Vasconcellos
Não percebo o que é isso de família secular... será ela descendente do Afonso Costa?
Honrada não sei que a não conheço; mas não lhe abona nada a respectiva descendência,para produzir um indivíduo que, para além de nada compreender, apenas insulta!
Tenho pena de si!
Já agora...para ficarmos com uma ideia mais concreta do Senhor Sancho, ora aqui vai um naco de prosa do dito, colocada em comentário no blog “Mais Évora”, a 20 de Maio 2008:
“Porreiro, pá! A degradação da qualidade de vida é uma evidência não apenas em Évora. Somos novamente um país de emigração pelas piores razões. Somos um país de gente envergonhada pela dívida, enquanto alguns, poucos, não sabem o que fazer ao dinheiro. Isto choca-me. Tenho património suficiente para viver à larga mas o que vejo à minha volta é dramático e preocupa-me. Visitei Évora há pouco tempo e está na mesma, mais repuxo, menos repuxo, mais rotunda, menos rotunda.
Sigamos, pois, de olhos fechados a esta depressão socrática do nacional porreirismo mais visceralmente opressor que já se viu. Nunca votei à esquerda, não tenho problemas em assumi-lo mas só me apetece dizer "Até amanhã, camaradas!". Se o amanhã vier...
Sancho Vasconcellos Moniz “.
O conteúdo fala por si…
Obrigado por me lembrar, Joaquim, pese embora o facto de muitos não gostarem nada destes temas... julgam que ´são detentores exclusivos da Fé e da História...
Paz e Bem!
AI.... que estamos todos do lado de Portugal, só o dizemos de formas diferentes.
Que perda de tempo e de energias.
Tendeis de vos ir confessar.
Mas que raio de coisa aconteceu aqui na minha ausência?
É sim senhora, falta aqui aquela que detém o "jus imperii"...
Parece que a ordem já foi restabelecida!!
Enviar um comentário
<< Home