Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Cala-te e sai desse homem, disse Jesus.

Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro,
que começou a gritar:
«Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno?
Vieste para nos perder?
Sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus repreendeu-o, dizendo:
«Cala-te e sai desse homem».
O espírito impuro, agitando-o violentamente,
soltou um forte grito e saiu dele.

(Mc 1,21-28)

Este texto, do Evangelho deste Domingo, vem comentado na revista “Mensageiro do Coração de Jesus” do corrente mês, no qual o autor (P. Manuel Losa, s.j.), tece várias considerações que, no fundo, negam a existência do demónio.

Com efeito, diz aquele a dado momento que “No tempo de Jesus cria-se mesmo que era o demónio em acção. Nesses tempos vigorava, enchendo de medos as pessoas, a crença na actividade múltipla de uma infinidade de demónios. (…) A psiquiatria, a direcção espiritual e a simples medicina substituíram, graças a Deus, muitas das concepções primitivas dominantes (…)”…

Também no “site” da Conferência Episcopal Portuguesa, o comentário feito pelos Dehonianos (Sacerdotes do Coração de Jesus), não é mais animador: em jeito de “actualização”, afirma-se que “O “homem com um espírito impuro” representa todos os homens e mulheres, de todas as épocas, cujas vidas são controladas por esquemas de egoísmo, de orgulho, de auto-suficiência, de medo, de exploração, de exclusão, de injustiça, de ódio, de violência, de pecado.”


São deste modo “denunciados” os “demónios” de hoje quando, afinal, o texto de Marcos é bem claro. Aliás, não é preciso ser-se teólogo para perceber claramente quando Jesus liberta alguém possuído por um demónio, e quando cura uma “simples” doença física…


É caso para perguntar em que acreditam, afinal, certos sacerdotes?!


De facto, é toda uma pastoral que, nos nossos dias, deveria ser reconstruída em cada diocese, tanto mais que o Evangelho está “povoado” da presença do demónio, como escreveu o P. Gabriele Amorth, conhecido exorcista. Já Paulo VI interrogava-se, corria o ano de 1972, que “Nos nossos dias quais são as maiores necessidades da Igreja? (…): uma das maiores necessidades é a defesa contra aquele mal a que nós chamamos demónio”. Mais. Que o “fumo de Satanás entrou no templo de Deus [Vaticano]”.


Como já foi "denunciado", também ali há membros de seitas satânicas! Como é possível? É o joio escondido no meio do trigo…


Contudo, muitos teimam, mesmo dentro da Igreja, a considerar que falar do diabo, hoje, é querer voltar à Idade Média.

Enfim, que Jesus e Sua Mãe nos protejam de todo o mal e… que ilumine os nossos sacerdotes!


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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O drama fundamental





Muito pouco tenho escrito. Por diversas razões, ou talvez por uma única: o torvelinho da vida....


Mas hoje, finda a quadra natalícia, "fechada com chave de oiro" - celebrando a festa do Baptismo do Senhor, gostaria de deixar aqui, rapidamente, um trecho de César das Neves, que resume tudo aquilo que inquieta aqueles que não passam por esta vida "a dormir". Ei-lo:



"O ser humano vive na sua natureza o drama fundamental de não compreender o sentido do mundo e da vida. De onde vim? Para onde vou? Que estou aqui a fazer? Somos os únicos a colocar estas questões, sofrendo a dor de não saber a resposta, da qual depende crucialmente o nosso quotidiano. Para viver todos os dias seria decisivo entender a finalidade última da realidade, que ignoramos. Por isso, relativamente ao sentido da existência e à identidade de Deus, todos estamos na posição da fé. Formulamos crenças e apostamos nelas a nossa vida."



César das Neves, in "DN" de 10/01/2012. Com a devida vénia.

Eu aposto a minha...

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