Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Ainda me sinto assim....

No começo de tudo foi uma atracção por ela que, diante do meu olhar, pareceu diferente das outras.

Foi a "Paixão", que alguns confundem com o Amor propriamente dito. Mas, na verdade, a "Paixão" é apenas uma das dimensões do Amor.

Mas aquela desperta uma imensa força! Se a paixão nasce do encontro dos corpos, o Amor nasce do encontro das Almas.


Um dia nos olhámos e, deste olhar, nasceu o Amor, e deste Amor nasceu a nossa união.

E 25 anos já se passaram desde aquele dia em que decidimos caminhar juntos por uma estrada sem fim, pois quem ama, ama para sempre. Apesar dos perigos que existem na estrada…do Mal, das invejas, das más-vontades, principalmente daqueles que são medíocres.

Foi difícil, e ainda o é, com as veredas cheias de escolhos.

Porém, na alegria sorrimos juntos; na tristeza choramos juntos. De facto, muitas lágrimas rolaram pelas nossas faces, mas elas purificaram-nos de muitas imperfeições incoerências e desnecessárias arestas.

Muita coisa mudou ao longo destes anos, pois o Amor transforma as pessoas e ele, de facto, nos transformou. Porque nós nos amamos e, com este Amor, construímos coisas belas. Que um dia esperamos poder apresentar ao nosso doce Jesus, qual lindo ramo de rosas.

Mas, sobretudo, quando a olho, vejo a Luz de Deus, que a ilumina como nunca vi em nenhum outro ser. E sei que isto não é ilusão ou “cegueira” de paixão…

Foi assim há 25 anos. Hoje é muito muito mais.



terça-feira, 24 de julho de 2007

Lisboa, 24 de Julho de...1833.


A 24 de Julho de 1833 entrava em Lisboa o Conde de Vila-Flôr, futuro Duque da Terceira, filho da conspiração maçónica e jacobina que, em Évora-Monte, privou da coroa portuguesa D. Miguel. Uma vez este caído, sucedeu-lhe a Monarquia Constitucional que mais não foi do que uma testa de ferro da Maçonaria e da Revolução Francesa, com todo o seu cortejo de horrores e arbítrios.

No nosso País ainda haveriam de surgir, já no Séc. XX, os homens tenebrosos da Iª República, que tanto lutaram para impor nesta terra de Santa Maria o manto negro do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião.


Como escreveu Ramalho Ortigão, “A obra liberal de 1834 (…) foi inteiramente semelhante à obra republicana de 1910. Nos homens dessas duas invasões é idêntico o espírito de violência, de anarquismo e de extorsão”.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Omnia fert aetas ( O Tempo leva tudo embora).



Tenho a paixão dos alfarrabistas, dos livros antigos que já tiveram donos (se acaso nós somos proprietários de alguma coisa...) e os quais já partiram e revelaram-se afinal mais frágeis e efémeros que os livros que leram viveram e amaram…

Que dizer das memórias entranhadas que esses livros têm!... As marcas dos nossos dedos neles impressa, o vestígio ténue da nossa Alma que os contemplou e neles tantas vezes adormeceu…

Que dizer dos ensinamentos que nos podem dar... os “mundos” que esses "calhamaços" viram... outras casas, outras estantes… eles encerram em si todas as conversas tidas numa sala, porventura à lareira, entre quatro paredes forradas de memórias... revestidas de amores, de afectos, de eternas esperanças….

Pressentirão os contemporâneos os tesouros neles encerrados? Os sonhos vividos através desses livros?

Tenho alguns livros assinados por Marcello Caetano. Direito Administrativo, sempre. Passo por vezes os meus dedos pela tinta azul da sua suave e tranquila caligrafia e sinto-a... rugosa, a tinta ainda vive nos seus traços indeléveis. E leio os seus votos a quem ofereceu este ou aquele livro (agora na minha posse – que voltas que as coisas dão neste mundo! - amanhã sabe-se lá de quem…) e penso como a vida é breve, frágil, tão frágil que até os livros nos sobrevivem… até as letras desenhadas pelo nosso próprio punho nos sobrevivem…

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Celebrar o Mar com os nossos gestos repetidos...


Aí está o Tempo, sempre renovado, de mergulhar no mar que tanto amo…

Tempo de ver o Amor em nós e nos outros, sem peias, sem complexos, deitados à beira-mar, ouvindo a suave música das ondas…

Tempo de lavar este corpo e esta Alma no mar azul…

O perfume da natureza que nos transporta para os nossos pensamentos mais recônditos, para os nossos desejos mais secretos…abrigados pelas praias mais íntimas…e os nossos jantares muito íntimos, só nós, o gin tónico antes do peixe grelhado servido pelo nosso irlandês, com o seu sotaque inconfundível…. Que de melhor existe, neste nosso dia-a-dia, que uma noite de verão, um jantar e uma mulher que amamos?
E o prazer de vermos a Estação renovada, os gestos repetidos, a alegria incontida de poder celebrar a Natureza, ano após ano…


Até quando, Senhor? Até que Tu queiras…. Que este mundo é tão belo!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Do Amor.

O Amor é isto: a cumplicidade das almas e dos corpos, as mãos unidas, as carícias que nos dão o necessário sal para suportarmos o quotidiano com todas as suas tempestades e inclemências.

O amor não é uma mera questão de “sorte”, mas antes uma questão de esforço diário que cada um de nós tem de realizar para o alcançar e manter junto de si, pois que ele é frágil, se bem que, e paradoxalmente, também seja uma força avassaladora, embora misteriosa e, "pour cause" que não dominamos.
O Amor é como uma árvore, que cresce devagar... o Tempo é que o vai delineando... mas hoje tudo se quer já "pronto a servir", o que não é compatível com ele...

Nesta terra e neste nosso percurso, resta-nos pois sermos fiéis àquele e…a Ele, que nos deu essa Graça.
Como disse São Paulo aos Coríntios ( 1ª Carta 13, 4-7):
"O amor é paciente, é bondoso; o amor não arde em ciúmes, não se orgulha, não é soberbo, não se porta com indecência, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade; tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
Ainda mais: "O amor jamais passará." (1ª Carta, 13 -8).

terça-feira, 3 de julho de 2007

Hoje meditei...


Hoje meditei nas palavras de Santo Agostinho:

“Fizeste o meu coração para Ti, Senhor, e ele anda inquieto até descansar em Ti”.


E, na verdade, assim é. Andamos todos inquietos, ansiosos, trémulos, pois bem sabemos que esta vida terrena não teria valor nem sentido se Tu não existisses…

Se tudo acabasse no pó da terra, para que serviriam os nossos sonhos, Senhor?

Assim, para Ti voltamos a nossa face banhada pelas nossas lágrimas, lágrimas de dor pelas nossas infidelidades, lágrimas de amor pesem embora aquelas... lágrimas de saudades de Ti…