Dia de Santo António.
Acabo de chegar a casa. Derreado mas feliz. Vim do Céu...
De facto, a proximidade com o Transcendente faz-nos mais puros, faz-nos esquecer muitas realidades pueris do nosso quotidiano. Quanto mais pomos os olhos na Beleza de Deus, mais nos esquecemos de nós próprios e das nossas próprias tentações…
Neste Sábado, mais uma vez (graças a Deus) fiz parte da Procissão de Santo António, a qual percorre a zona de Alfama até à Sé: Cruzes da Sé, Rua de S. João da Praça, Largo de S. Rafael, Rua de S. Miguel, Rua da Regueira, Rua dos Remédios, Rua do Vigário, Largo de Santo Estevão, Rua das Escolas Gerais, Travessa de S. Tomé, Largo das Portas do Sol, Largo de Santa Luzia, Rua do Limoeiro, Largo de S. Martinho, Rua Augusto Rosa, Largo da Sé e Igreja de Santo António.
Este é o itinerário daqueles que amam Santo António e, tal como no ano passado escrevi, uma autêntica “via crucis” para aqueles que, em honra do Santo, querem fazer este percurso descalços, através das ruas estreitas, tão bonitas mas, infelizmente, pejadas de vidros das garrafas que os (inconscientes) foliões lançam, na noite anterior, na via pública, sem que a Câmara providencie, na madrugada do dia 12 para 13, a respectiva limpeza.
Adoro as Procissões, manisfestação porventura cândida da nossa Fé, mas de uma grande riqueza espiritual, e um gesto muito enternecedor das nossas gentes.
Sei bem que haverá quem faça a conotação com um alegado “ atraso” do povo, mas que importa? Todos têm direito a procurar viver, a seu modo, o espírito do Evangelho, a demonstrar nas ruas deste nosso País que a Tradição, a Fé não morreram nem podem ficar confinadas dentro das paredes das Igrejas.
O Sagrado sai assim do interior das mesmas e “devassa” as artérias da cidade, purificando-a e espalhando a bênção de Deus…
À noite, celebrou-se, na Igreja de Santo António à Sé, a última Missa às 21H. E estava lá um casal alemão com dois filhos, pequeninos, com uma beleza que não vos sei descrever: um menino e uma menina.
Uma minha amiga confidencia-me, a páginas tantas, que o menino é o Santo António pequenino… de facto, estamos todos electrizados com a sua beleza: com os seus 4 ou 5 anos, e devidamente paramentado, “ajuda à Missa” com total à vontade e, o que é mais, com extrema devoção. Quando se ajoelha e une as suas pequeninas mãos, parece estar em êxtase, e sou “forçado” a reconhecer que nele resplandecia a Luz do Espírito Santo, aquela Luz que, por ser divina, é bela e torna os seres belos também, pois é a Luz que ilumina os Santos e os Anjos de Deus, a Luz do Bem.
E a pequenita? Parecia uma Nossa Senhora, com o seu vestidinho rosa, ajoelhada, e com as suas mãozinhas postas, olhando para Jesus ali presente na Eucaristia.
Quem tem uns filhos assim, não precisa de mais nada para ser feliz.
De facto, a proximidade com o Transcendente faz-nos mais puros, faz-nos esquecer muitas realidades pueris do nosso quotidiano. Quanto mais pomos os olhos na Beleza de Deus, mais nos esquecemos de nós próprios e das nossas próprias tentações…
Neste Sábado, mais uma vez (graças a Deus) fiz parte da Procissão de Santo António, a qual percorre a zona de Alfama até à Sé: Cruzes da Sé, Rua de S. João da Praça, Largo de S. Rafael, Rua de S. Miguel, Rua da Regueira, Rua dos Remédios, Rua do Vigário, Largo de Santo Estevão, Rua das Escolas Gerais, Travessa de S. Tomé, Largo das Portas do Sol, Largo de Santa Luzia, Rua do Limoeiro, Largo de S. Martinho, Rua Augusto Rosa, Largo da Sé e Igreja de Santo António.
Este é o itinerário daqueles que amam Santo António e, tal como no ano passado escrevi, uma autêntica “via crucis” para aqueles que, em honra do Santo, querem fazer este percurso descalços, através das ruas estreitas, tão bonitas mas, infelizmente, pejadas de vidros das garrafas que os (inconscientes) foliões lançam, na noite anterior, na via pública, sem que a Câmara providencie, na madrugada do dia 12 para 13, a respectiva limpeza.
Adoro as Procissões, manisfestação porventura cândida da nossa Fé, mas de uma grande riqueza espiritual, e um gesto muito enternecedor das nossas gentes.
Sei bem que haverá quem faça a conotação com um alegado “ atraso” do povo, mas que importa? Todos têm direito a procurar viver, a seu modo, o espírito do Evangelho, a demonstrar nas ruas deste nosso País que a Tradição, a Fé não morreram nem podem ficar confinadas dentro das paredes das Igrejas.
O Sagrado sai assim do interior das mesmas e “devassa” as artérias da cidade, purificando-a e espalhando a bênção de Deus…
À noite, celebrou-se, na Igreja de Santo António à Sé, a última Missa às 21H. E estava lá um casal alemão com dois filhos, pequeninos, com uma beleza que não vos sei descrever: um menino e uma menina.
Uma minha amiga confidencia-me, a páginas tantas, que o menino é o Santo António pequenino… de facto, estamos todos electrizados com a sua beleza: com os seus 4 ou 5 anos, e devidamente paramentado, “ajuda à Missa” com total à vontade e, o que é mais, com extrema devoção. Quando se ajoelha e une as suas pequeninas mãos, parece estar em êxtase, e sou “forçado” a reconhecer que nele resplandecia a Luz do Espírito Santo, aquela Luz que, por ser divina, é bela e torna os seres belos também, pois é a Luz que ilumina os Santos e os Anjos de Deus, a Luz do Bem.
E a pequenita? Parecia uma Nossa Senhora, com o seu vestidinho rosa, ajoelhada, e com as suas mãozinhas postas, olhando para Jesus ali presente na Eucaristia.
Quem tem uns filhos assim, não precisa de mais nada para ser feliz.
Nota: uma amiga minha conseguiu “tirar” uma foto daquele Santo Antoninho; se for possível, publicá-la-ei aqui, ok? Esta aqui colocada remonta ao ano de 1952...
Adenda: não foi possível, até ao momento, obter a foto do tal "santo antoninho".
A fim de não se perder a actualidade que "estas coisas" necessáriamente exigem, nesta sociedade tão "frenética", aqui publico uma outra, gentilmente cedida pela "Nádia Jururu" (não vou divulgar o seu verdadeiro nome, claro...), da http://terraimunda.blogspot.com/ a qual aliás fêz uma bela reportagem fotográfica da Procissão de Santo António deste ano da Graça de 2008, vasta reportagem essa que, com generosidade franciscana, me cedeu a título particular, e da qual aqui publico uma foto, com a sua prévia autorização.
Na foto em questão, pode ver-se, em primeiro plano, o Pe. José Ferreira, de "respeitáveis" barbas brancas, e o Pe. Henrique Pinto Rema, especialista em Sto. António (ambos frades franciscanos).
Etiquetas: Dos nossos Santos
7 Comments:
Que grande amigo Vxa. me saiu! Foi ao céu e não voltou? sem avisar?
Fiquei curiosa sobre o desenvolvimento :)
emociona sempre, sim! ..
Bom dia CM
Também já a trabalhar?
Deitei-me pelas 4 e já aqui estou novamente
acho que ando a exagerar
Então andamos na mesma "onda". Mas olhe, a manhã está tão bonita, que me apetecia partir, chegar ali ao aeroporto, apanhar um avião para uma praia urgente, um mergulho urgentíssimo, esquecer esta vida de correria... há pouco ainda pensava como é "estúpido" perdermos dias da nossa vida encafuados num gabinete... ai quando vem este tempo, submerge-me cá uma inquietação!
Bjs, CM
Caro amigo Cabral-Mendes
Obrigado pelo seu mail.
O Pe. Rema é esse mesmo, pois tive o prazer de o conhecer pessoalmente aqui em Leiria.
Que Santo António interceda pelo seu país, que é o nosso, porque bem precisamos...andamos perdidos ao sabor das "modernices"...
Abraço amigo em Cristo
Estamos mesmo precisados, Amigo Joaquim; essas "modernices" como diz, vão estragando as nossas tradições e valores...
Paz e Bem!
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