Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

domingo, 22 de junho de 2008

Que Fazer?



Não, não vou falar desse tal de Lenine. Apenas coloquei aqui a foto de um livro dele por causa do título: “Que Fazer?”

Vejamos.

Estou a ler um livro deveras edificante, que é um enlevo para a Alma, escrito num português belíssimo mas algo “antigo”, “diferente”, "cru" nas suas descrições das emoções e paixões humanas, sobretudo dos homens daquela Lisboa do Séc. XII, escrita "rude" (no bom sentido, não sei se me faço entender – o Autor nasceu em 1902…), enérgico, envolvente, que apenas alguém versado em linguística, como a Conceição Castro ou a Júlia Moura Lopes, poderiam classificar.

Trata-se de “Santo António de Lisboa – Doutor Evangélico” do (falecido em 1990) Pe. Franciscano Fernando Félix Lopes.

Mergulhamos na sua leitura e sentimos a nossa Alma a querer voar, a querer libertar-se, tal como 'Il Santo'…

Trago apenas aqui à colação esta “meditação” do Padre Félix: O nosso Santo António, ao tempo D. Fernando Martins, ao mudar-se para Coimbra, julgou ir ali encontrar “cantinho do céu, povoado só de santos e da paz de Deus”.

Contudo, o governo do Mosteiro estava, nesse momento, entregue ao prior D. João César, “homem sem escrúpulos e de porte escandaloso” (certamente um dos vários factores que levaram o nosso António a mudar-se mais tarde para Santo Antão dos Olivais, feito já frade menor).

Também nós somos amiúde assaltados pelo desejo de nos recolhermos a um obscuro Convento, onde nos pudéssemos entregar totalmente a Deus, fazer as nossas orações em paz, estudarmos a sério a Sagrada Escritura, enlevar-nos com a leitura da vida dos santos, entregar-nos ao essencial (enfim…um ror de projectos!), pois este mundo é apenas um mar de enganos.

Mas, de facto, receamos que, “do lado de lá”, também existam problemas e desavenças, como uma vez um frade amigo me confidenciou elas por vezes existirem de facto.

Como diria Lenine (vade retro), "Que fazer?"

O ser humano “complicado” é, e o inimigo está sempre à espreita de uma oportunidade! …



Desta feita, não tenho resposta a dar… apenas confiar nos desígnios do Senhor… confiar que Ele toque o nosso coração para que, mesmo no turbilhão desta nossa vida, queiramos sempre deixar-nos envolver, como António, pela Sua Luz, e não nos esquecermos, de facto, do essencial. E, o essencial, é Deus.

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