No dia em que passam 34 anos da Morte do
Professor Marcello Caetano, a quem devo a minha paixão pelo Direito
Administrativo, e a minha carreira nesta área do Direito, aqui deixo a minha
singela homenagem, pese embora os percursos sinuosos da História, e de modos
diferentes de a interpretar (que o digam alguns amigos que muito valorizo no
seu saber e experiência…).
Lembro-me de, numa outra vida, ir pelas
ruas da Baixa (para mim existe só uma “Baixa” – a da cidade de Lisboa…) com meu
pai, a fim de irmos comprar o "Manual de Direito Administrativo" do
Professor Marcello Caetano, caloiro que eu era na minha (amada) Faculdade de
Direito (de Lisboa). Numa livraria, que já não existe, ali para a Rua Augusta
ou de São Nicolau…Lembro-me de meu pai ter dito ao livreiro, mais ou menos esta
frase: “afinal, diziam mal, mas ainda precisam dos livros dele…”.
E é verdade! A luz que ilumina ainda
hoje os administrativistas portugueses tem a sua fonte nesse Homem
extraordinário, jurista ilustre, homem honrado, impoluto, com ideais e um
projecto para Portugal: um Portugal intercontinental e plurirracial. Que se
perdeu, é certo, mas… a História é as mais das vezes, cruel, e precisamente
mais dura para com aqueles que foram por ela trucidados.
Como eu gostaria que ainda hoje assim
fosse, em vez de estarmos reduzidos a este pobre rectângulo sem glória!
Deixo aqui umas breves palavras de Marcello
Cetano, num seu discurso proferido na inauguração da obra de rega dos campos do
Mira, em 11 de Maio de 1969:
“(…) Louvada seja a terra, louvada seja
a água – louvado tudo o que a terra cria e o que a terra dá! Louvado o trabalho
que nela se incorpora com amor e sofrimento! Louvados os homens que do trabalho
sabem fazer dádiva ao Mundo, para que o Mundo seja melhor! E louvado seja Deus!”
E louvado seja Marcello Caetano junto de
Deus…
1 Comments:
Obrigada e um muito Feliz 2015 também.
um beijinho
Gábi
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