Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

No rescaldo do 25A: Palavras de ontem. Poderiam ser de hoje...


Gosto de revisitar velhos papéis, livros já antigos, a lembrar que também o Tempo por mim vai passando…

Palavras de ontem? Sim, mas aplicam-se aos nossos dias…

Num País à deriva, como é este Portugal da III República, refém de interesses inconfessáveis, quiçá os mesmos interesses que construíram a I República, as palavras de Marcello Caetano ressoam em todo o seu esplendor, em toda a sua urgência:


“Hoje como ontem, o País quer liberdade religiosa, respeito pelo Santo Nome de Deus e consideração pela Igreja. (…).

Hoje como ontem, o País quer a integridade da família com o direito para os pais de educarem os filhos segundo as suas crenças.

Hoje como ontem, o País repele a desordem e a indisciplina na vida pública, a insegurança de vidas e de bens, a agitação provocada por uma minoria de desordeiros e irresponsáveis, as intrigas tecidas por ambições de grupos e clientelas e as aventuras contrárias ao seu espírito e às suas tradições.

Hoje como ontem, o País pretende trabalhar, agir e progredir sem o barulho das palavras inúteis e sem o pesadelo da política estéril, que deixa arruinar o património nacional, comprometer a situação financeira e cair o crédito interno e externo.

Hoje, como ontem, o País prefere à proclamação ociosa de muitos direitos que de facto não exerça, um regime que lhe dê a liberdade possível e a autoridade necessária.

Hoje como ontem, o País quer ser governado em termos tais que os seus interesses mais altos e permanentes sejam zelados, defendidos e prosseguidos eficientemente e não abandonados, por força da instabilidade dos governantes e da má designação deles.”

(Conferência no Palácio da Bolsa da cidade do Porto em 27 de Maio de 1946).


Marcello Caetano, Homem da Igreja, Homem de Cultura, distinto Administrativista. Aquele que não traíu. Aquele a quem devo a minha paixão pelo Direito Administrativo.
Resquiat in Pace!