LABOREM EXERCENS... Do valor do trabalho.
Nestes tempos conturbados que nos são dados a viver, em que a precariedade no trabalho foi elevada ao altar da virtude, convém (sempre...) revisitar a História, a qual, ao contrário daquilo que nos pretendem fazer crer, não é de leitura linear, nem é a preto e branco: de um lado os maus, do outro os “bonzinhos”…
No que diz respeito à crescente fragilidade do Estado, e à insegurança que nas suas estruturas se vive (que apenas serve obscuros e subterrâneos interesses privados), ela é por demais paradoxal se atentarmos que vivemos num Estado dito de Direito.
No que diz respeito à crescente fragilidade do Estado, e à insegurança que nas suas estruturas se vive (que apenas serve obscuros e subterrâneos interesses privados), ela é por demais paradoxal se atentarmos que vivemos num Estado dito de Direito.
Conviria então, no terreno das relações laborais, chamar à colação o texto de um Estadista português, acerca precisamente da natureza do trabalho:
“A Providência deu-nos o dom de tornar o trabalho necessário e, felizmente, por mais que se progrida e por mais que se acumule, será sempre necessário trabalhar para viver; de outra forma os homens morreriam de aborrecimento, numa atmosfera de vício. Se, apesar desta necessidade e este dever, se chega por vezes a uma situação em que uns são condenados à inactividade para que outros vivam, é porque nós não organizámos bem a vida, ou não conhecemos o segredo de organizá-la melhor -é contrário à natureza das coisas que o trabalho deixe em alguma circunstância de ser factor de riqueza para se converter em fonte de miséria”.
Quem o disse foi Oliveira Salazar. E, curiosa e dramaticamente, não é necessário ser “salazarista” para concordar com ele…
“A Providência deu-nos o dom de tornar o trabalho necessário e, felizmente, por mais que se progrida e por mais que se acumule, será sempre necessário trabalhar para viver; de outra forma os homens morreriam de aborrecimento, numa atmosfera de vício. Se, apesar desta necessidade e este dever, se chega por vezes a uma situação em que uns são condenados à inactividade para que outros vivam, é porque nós não organizámos bem a vida, ou não conhecemos o segredo de organizá-la melhor -é contrário à natureza das coisas que o trabalho deixe em alguma circunstância de ser factor de riqueza para se converter em fonte de miséria”.
Quem o disse foi Oliveira Salazar. E, curiosa e dramaticamente, não é necessário ser “salazarista” para concordar com ele…
Nota I: Trecho retirado do livro “ Como se levanta um Estado”, da autoria do próprio Oliveira Salazar. Acabado de editar pela “Atomicbooks”.
Nota II: Na foto, Salazar beijando a mão da Rainha Sirikit da Tailândia e o Rei Bumipho (Lisboa, 1960). Tempos de elegância...
4 Comments:
Cabral-Mendes, gostei...embora não goste de Salazar( do pior que representou para o nosso País)
Mudei para: harpadecristal.blogspot.com
Um grande abraço
Obrigado pelo seu comentário Amigo Ferreira. Sabe que dou valor ao pensamento, à abstração filosófica que até irá ter consequências no dia-a-dia...tenho alguns escritos de Marcello Caetano que também gostaria de aqui colocar... a seu tempo... Um Abraço e, claro, vou fazer-lhe uma visita...
Muito ele gostava de mulheres.... e bonitas se possíevel
Ainda hoje me pergunto porque não teve uma só.
Percebeu?
Obrigado, Cara Cleo, pela provocação… mas olhe que a D. Maria morreu virgem, atestado pelos próprios médicos (pós 25A…).
Mas sabe que o próprio Franco Nogueira, nas suas memórias, veio dizer que afinal Salazar teve várias mulheres na sua vida… enfim, somos frágeis e humanos, não é verdade?
Obrigado pela sua visita!
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