Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Da mesma matéria das estrelas.


Neste fim de semana que passou, estava eu a beber o café da manhã, na cozinha, fazendo zapping na tv, quando deparei com um programa que falava do início do mundo, do famoso "Big Bang"...


Foi uma emoção quando ali se afirmou que as estrelas têm o oxigénio que nós respiramos, e têm o ferro que corre no nosso sangue...


Afinal, afinal nascemos das estrelas que brilham no firmamento, que contemplamos extasiados nas noites benditas do verão, essa luz que... vejam, vem afinal de Deus.


Nota: na imagem, a Nebulosa de Orion, tirada pelo telescópio "Hubble".

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domingo, 26 de outubro de 2008

Palavras Loucas VI



Jardim imenso florido
Onde colho todos os dias uma pétala de paixão.
Tal é a tua boca meiga e fresca
Como a luz do amanhecer.


Por entre esta agitação
Das rosas acordadas
Passam como num sonho
Nossas almas enamoradas que só pedem quatro paredes
Para proteger o mistério dos nossos corpos unidos.


Pelos nossos olhos
Passam imagens de regatos adormecidos por entre tapetes de verdura
Que nossos pés pisam
Sôfregos daquele chão húmido
Que acolhe a chama que nos consome.


Aqui, só na minha cama,
Cerro os olhos
E sonho com a suave linha do teu seio
Primavera encontrada que me traz rendido e preso.


Não me acordem agora!
Deixem que eu te possua
Em sonhos
Até que a discreta luz da manhã
Te venha roubar dos meus braços.


À A.

Nota: o autor da belíssima foto é Caamaño Castro. Publicada em http://olhares.aeiou.pt/. Com a devida vénia.

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sábado, 25 de outubro de 2008

O Direito aos meus pés!


Hoje, sábado, esteve um dia maravilhoso. E suspirei pelo mar, pelo rendilhado branco da espuma que me beijaria os pés numa qualquer praia da linha... estou tão perto... mas o dever, ai o dever!


Fazendo um pequeno intervalo no trabalho, é caso para dizer: tenho aos pés o contencioso administrativo!
Vale-me a música, a fazer-me companhia: Bach, tocado pela magia de Glenn Gould...

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Políticos insignificantes.


Hoje, em entrevista ao “DN”, o (ainda...) primeiro-ministro Sócrates vem afirmar que “se alguma coisa se pode dizer sobre a natureza desta crise financeira, e os portugueses já o entenderam, é que ela é mundial.”

Curioso que ele (ou alguém do seu governo) ainda há muito pouco tempo afirmou que a crise não nos tocaria (ninguém acreditou claro…).

Estes políticos-feirantes dizem hoje uma coisa, amanhã dizem e fazem outra…


Curioso é o facto de Portugal ter crescido na década de 60/70 bem acima da média dos países “desenvolvidos”, sobretudo no período entre 1968 e 1973.

Nessa época, apenas o Japão e a Grécia tiveram um desempenho melhor…

É que nesse tempo havia massa cinzenta e ideais a atingir. A sociedade estava mobilizada. Também se trabalhava mais. Hoje vivemos numa sociedade completamente hedonista, egoísta, nada fraterna, cujo lema é o "salve-se quem puder"! Até no interior da Igreja não se encontra a fraternidade, a verdadeira, aquela que foi proclamada por São Francisco. Ai daqueles que se encontram necessitados! A resposta, como eu já tenho ouvido, é invariavelmente esta: "Meu filho, tem paciência" (!). Talvez que eu esteja a ser injusto... talvez sim... de facto o ramo não é a árvore.... mas lá vai o tempo em que o Pároco conhecia todas as suas ovelhas, e fazia por elas o que podia... hoje, parece-me que tudo funciona numa base empresarial, tudo desumanizado...


Hoje, a classe política, precisamente aquela que há 34 anos se reclamava de ser moralmente “superior” (?!) é tão-somente a testa-de-ferro de interesses económicos obscuros e de ideologias subterrâneas e fracturantes.




Estamos a precisar de um novo Gomes da Costa, de um Cardeal como Gonçalves Cerejeira, de um Padre Cruz!

(Bem... acabei por "misturar" dois temas...).




Nota: na foto, a estátua do grande e valoroso General Gomes da Costa, em Braga).

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O Ministério Público do 25 de Abril


"O Ministério Público é um poder feudal. Há o conde, o visconde, a marquesa e o duque".

A frase, já de antologia, é da autoria do procurador-geral da República, Pinto Monteiro, e foi proferida em Outubro de 2007.

Interrogo-me: poder feudal? Então “este” Ministério Público, que “nasceu” com o 25 de Abril, tornou-se num poder feudal? Apenas em trinta anos? Mas, afinal, não foram estes que o dirigem precisamente aqueles que criticaram desde sempre o regime do Estado Novo?

São melhores? Não: são infinitamente piores!

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domingo, 19 de outubro de 2008

Europa: a nossa última oportunidade.



Bento XVI chamou a atenção, mais uma vez, para a perda de influência do catolicismo na Europa e, querendo referir-se, por certo, à grave crise financeira e económica que varre o mundo, evocou a "expiação" que Deus, como nos relata o Antigo Testamento, impôs às comunidades cristãs infiéis.

Tal facto vem reforçar a minha convicção que o futuro do catolicismo joga-se na velha Europa, e é nela que reside a verdadeira “terra de missão”, necessitada que está do trabalho de todos os religiosos e religiosas, e leigos, que possam levar ao velho continente a Fé que já foi sua e que esqueceu.

Mas será que alguém, mesmo dentro da Igreja (exceptuando o clarividente Bento XVI) se dá conta que a prioridade se chama Europa?

Pelo que tenho observado - movimentos de leigos, ordens religiosas, os próprios sacerdotes -ninguém se apercebe ( ou preocupam-se mais com o que se passa lá longe...) do drama que se está aqui a viver: a Europa, tal como a conhecemos, desde a respublica christiana, está à beira da extinção. Paradoxalmente, todas as atenções se desviam para África, Ásia, América Latina, quando é deste solo que poderá renascer, de novo, uma sociedade inspirada nos valores do Evangelho, e espalhar, de novo, a respectiva semente pelo mundo fora...



Nota: na foto, a Catedral de Notre-Dame, Paris.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Somos, creio bem, várias vezes órfãos.


Somos órfãos.
Nada possuimos,
ao abrir as mãos, ao construir sobre as areias
um castelo de neblina.

Somos a lâmina de aço no coração cego do
tempo,
somos o tédio destes meses que despedem o
sol.

Somos o pó, o lodo, a lama, no dilacerado
outono do verso.

(Poema "Outono", de José Agostinho Baptista, in "Filho Pródigo".)

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

O ódio...



"Você não é nada, nada de nada, você não vale nada", disse ele, olhando-o cheio de ódio nos olhos, com gestos largos agressivos e veementes.


Depois disto, que poderia dizer? Nada! Hoje, como sempre, ele "não é nada"... para ele.
E não tinha que dizer rigorosamente nada. Mas disse. Palavras não entendidas, levadas pelo vento do ódio.

Ele não pertençe a nada nem a ninguém, a não ser a Deus. Mas ficou perante aquele sem alma, sem coração. Destruídos. Caídos no chão.

Ninguém sabe que ele existe. Ninguem lhe conhece a alma.




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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

13 de Outubro.


"Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, S. José com o Menino e Nossa senhora vestida de branco, com um manto azul. S. José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns gestos quer faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a ideia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que S. José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma semelhante a Nosa Senhora do Carmo. "



(Relato da Irmã Lúcia, dos acontecimentos vividos no dia 13 de Outubro de 1917, in "Memórias da Irmã Lúncia", edição do Secretariado dos Pastorinhos, Fátima; fls180-181.)
Nota: na imagem, " Old sacred statue of Virgin Mary at Basilica San Francisco".

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domingo, 5 de outubro de 2008

Outro 5 de Outubro...


A terminar este dia 5 de Outubro, apenas quero aqui deixar, em oposição ao ideário republicano e laico, enformado do movimento ateu, maçónico e carbonário de 1910 (tal como em 1974), um pensamento de Teixeira de Pascoaes:


"O destino do Homem é ser consciência do Universo em ascensão contínua para Deus".





Nota: na imagem, o livro de Margarida Magalhães Ramalho - "1908 - Um olhar sobre o regicídio"


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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

SANTA TERESINHA...

"Ó meu Jesus, lutarei por vosso amor até à noite da minha vida".

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face.



Que poderei dizer, mesmo a terminar o dia no qual a Igreja celebra a memória desta Santa tão querida?

Que a amo por toda a sua beleza, e que muitas vezes lhe peço que cubra o meu caminho com as suas rosas, para que siga o seu perfume e assim não me perca...



Foto: imagem do filme de Leonardo Defilippisconta - "Therese", que nos relata a apaixonante história de Santa Teresinha do Menino Jesus.

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