Somos, creio bem, várias vezes órfãos.
Somos órfãos.
Nada possuimos,
ao abrir as mãos, ao construir sobre as areias
um castelo de neblina.
Somos a lâmina de aço no coração cego do
tempo,
somos o tédio destes meses que despedem o
sol.
Somos o pó, o lodo, a lama, no dilacerado
outono do verso.
(Poema "Outono", de José Agostinho Baptista, in "Filho Pródigo".)
Nada possuimos,
ao abrir as mãos, ao construir sobre as areias
um castelo de neblina.
Somos a lâmina de aço no coração cego do
tempo,
somos o tédio destes meses que despedem o
sol.
Somos o pó, o lodo, a lama, no dilacerado
outono do verso.
(Poema "Outono", de José Agostinho Baptista, in "Filho Pródigo".)
Etiquetas: Estados de Alma
4 Comments:
Olá caro amigo estou de passagem para te deixar uns saudosos cumprimentos.
Nos ultimos tempos não tens dito nada, quando quiseres passa lá no meu espaço.
Bom fim de semana.
belíssima escolha, este poema! O tema, dá pano para mangas :-(
Bom fim de semana, Giraldo!
O tema é tremendo, Júlia! Bjs.
é tremendo,sim..até fujo dele :-))
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