Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Livros como que perdidos... mas a Vida está neles... por descobrir...


Livros preciosos que andam por aí... basta estar atento...

De Ida Gorres – “Teresa de Lisieux”, da Editorial Aster, Lisboa. Edição do longínquo (e parece que foi ontem) ano de 1961.
Um dia, mostraram a esta escritora, Ida Görres, uma fotografia autêntica de Teresa de Lisieux:

“Em profundo silêncio contemplámos aqueles traços familiares e todavia estranhos e alguém disse: — Parece o retrato de Cristo num rosto feminino”.

Santa Terezinha, de uma beleza suave, nas mãos um crucifixo: eis a Santa de todos nós, uma santa dos nossos dias, a qual, através de uma chuva de rosas, nos abençoa e purifica.

Quem quer acolher as suas rosas?

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domingo, 27 de abril de 2008

Por causa da História e das nossas histórias pessoais...




"Neste retrato

estás a olhar para diante, para sempre, para

muito além,

sabe-se lá por que saudade, por que mágoa,

mas além,

onde talvez houvesse um cofre aberto para os

sonhos que devastei,

pérolas queimadas,

pérolas negras do medo e da paixão,

metais preciosos roubados às forjas de Deus,

tudo o que neste retrato desenha,

com incandescente ferro e pincéis,

ardor, fúria, tenacidade,

mas nunca a renúncia, nunca as marcas do
luto e da febre sobre a lua amarela.


Neste retrato eras tu - e não poderia ser eu? -

com o tempo por cima, a passar impiedosamente,

o tempo do declínio, o tempo do pó,

tudo o que hoje se comprime nesta moldura de

prata,

ao centro da mesa, tristemente."



José Agostinho Baptista, in "Agora e na Hora da Nossa Morte", Assírio e Alvim, ed. 1998.




José Agostinho Baptista, para mim o poeta mais "verdadeiro" e importante do meu século.


Aqui, e a propósito da foto abaixo publicada, e de todas as fotos semelhantes, os sonhos que não se realizam, e a tristeza do fim... que desperdício é morrer!...




Nota: a bela e dramática fotografia, intitulada " I'm free to do what I want", é da autoria de Carla Salgueiro. Do "site" http://olhares.aeiou.pt/" , com a devida vénia.

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sábado, 26 de abril de 2008

In aeternum...


Alguém disse que as bibliotecas, ou os livros (cito de cor) são algo que existe por causa daqueles que não podem morrer ou ser esquecidos (é mais ou menos este o sentido...).


Quando abro um livro de Marcello Caetano.. ele vive!




Nota I: na foto, Marcello Caetano no dia do seu casamento, com Teresa Barros, 1930.

Nota II: Meu Deus, como a vida é frágil! Como tudo isto me causa tanta dor!

Nota III: Se não acreditasse em Ti, Jesus, meu Deus e meu Tudo, creio que enlouqueceria!

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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Celebramos hoje 34 anos de decadência!


Em Abril de 1974, o País estaria farto de um regime forte e autoritário e da guerra (que nos fizeram…).

Contudo, a sociedade portuguesa estava a ficar paulatinamente mais rica. Pediria talvez menos Estado e, consequentemente, mais liberdade.

Não obstante, olhando para as estatísticas desse tempo, quem nos dera que o Banco de Portugal agora lavrasse um relatório deste teor:

1. 10% de crescimento económico ao ano;
2. 500.000 accionistas na bolsa;
3. poder de compra 100% superior ao ano de 1960 quando, infelizmente, começou a guerra que tantos recursos consumiu: humanos e materiais.
4. Forte investimento estrangeiro;
5. 60% do poder de compra existente na Europa além-pirinéus.


Em Novembro de 75, devido aos desvarios de esquerda que se conhecem e já fazem parte da História, a sociedade estava mais pobre: 20% de desemprego, com a queda da produção industrial, ruína das empresas, inflação, fuga dos capitais internacionais e êxodo de muita gente empreendedora, que a não há hoje…hoje o que predomina é o capital especulativo, que não o produtivo...Ah! E não esqueçamos a vinda de meio milhão de refugiados da nossa África…

Valeu a pena o golpe?

Também eu me entusiasmei, perante a perspectiva de “grandes liberdades”: Mas, de que serve poder gritar bem alto a nossa discordância, nos dias de hoje, se o Poder faz aquilo que muito bem entende? Faz aquilo que Marcello Caetano nunca faria: o desmantelamento do Estado para entregar os restos às hienas sequiosas do capital mercenário.

Lembro aqui Salgueiro Maia, que tantas vezes é oportunistamente evocado, e creio bem que se ele ainda hoje fosse vivo voltaria, uma vez mais, a pegar em armas, atendendo ao "estado a que isto chegou !"


A impaciência, a visão marxista da sociedade daqueles que estiveram por detrás do golpe, bem como as forças obscuras que hoje comandam verdadeiramente os destinos de todos nós, impediram uma transição pacífica de regime, tal como aconteceu na Espanha, hoje uma verdadeira potência.

Marcello Caetano teria sido o homem que elevaria Portugal a um outro patamar de desenvolvimento, num quadro constitucional diferente.

Não quiseram!

Também rejeitaram o projecto de António de Spínola, o qual teria evitado as convulsões que se deram na sociedade portuguesa, teria preservado a saúde da economia, e teria evitado o morticínio das populações, negras e brancas, em África, e a debandada destas para a Metrópole, em condições dramáticas.

Aqueles que falavam de democracia há 34 anos, usaram essa palavra para verdadeiramente preconizarem (no sentido em que Marcello Caetano já alertava no ano de 1973) “a passagem para a tal democracia que o Manifesto do Partido Comunista já em 1848 considerava a primeira etapa da revolução operária, pela constituição do proletariado em classe dominante no Estado”

E viu-se o que foi essa “ democracia” em toda a Europa de Leste!

Não fosse a actuação de homens como António de Spínola, que lutaram para obstar a que um projecto totalitário se desenvolvesse após 1974, e aqui estaríamos como a Cuba da Europa! Como aliás, desejou Otelo Saraiva de Carvalho…


Hoje, estamos reduzidos a uma estreita faixa, ao longo do Atlântico.

Para o interior do País, tudo estará deserto e morto a curto prazo.



Portugal já foi uma grande Nação. Hoje, agonizamos.

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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Os meus (últimos) livros I



Esta obra, relato de paixões humanas, revela afinal a essência divina do amor...

De Jacqueline Dauxois , "As Mais belas Histórias Mulheres da Bíblia", Editora Âmbar.

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quarta-feira, 23 de abril de 2008

A Futura Primeiro-Ministro



O meu amigo Coutinho Ribeiro, aquele que é totalmente "Anónimo" (http://oanonimoanonimo.blogs.sapo.pt/), encontra-se desalentado com o "rosto" da "renovação" do PSD (Ferreira Leite).


Vai daí, a Cleopatra - que reina no CleopatraMoon (http://cleopatramoon.blogspot.com/) sugeriu a Soraia Chaves.


Concordámos logo todos por "maioria qualificada": com aquele chicote, ela poria tudo em sentido neste País de desordeiros e madraços!

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segunda-feira, 21 de abril de 2008

Escolhas...


O Joaquim, aqui ao lado, no “Que é a Verdade?” (http://queeaverdade.blogspot.com/), tem um postal de desafio que levei à letra:

Pretende-se que se escolha 5 autores preferidos, e 1 que mereça apodrecer na estante.

Bem, a lista seria longa…

I -Numa visão muito pessoal, escolheria, do mundo profano (talvez não tanto…):

1."OS LUSÍADAS" de Camões, da simpática (e ao que julgo, extinta) Editora Ulisseia;

2. Toda a obra de MARCELLO CAETANO (HISTÓRIA E DIREITO);

3. OS DISCURSOS DE ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR, da Coimbra Editora;


II - No campo "estritamente" religioso:

4. Shusaku Endo – "Uma vida de Jesus" (lindo…): da Editora Asa.

5. De Jean Guitton – "No Coração do Infinito" e “As Minhas Razões de crer”, ambos da Editora Âncora.


III - Para o lixo: todos os livros sobre a maçonaria!

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domingo, 20 de abril de 2008

Quo vadis, Domini?



Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome.

[ Salmo 32 (33)]



No Evangelho tão lindo de São João, podemos ler neste Domingo que São Tomé, há dois mil anos, teve a coragem de colocar ao Senhor esta questão que ainda nos atormenta:

“Senhor, não sabemos para onde vais. Muito menos o caminho”.

Imagino Jesus, com um ar doce, o gesto largo da Sua mão a responder:

"O Caminho sou Eu. Eu, que sou a Verdade e a Vida”.

De facto, o único caminho a seguir é o da fidelidade; a fidelidade ao nosso Deus, e àqueles que Ele nos deu para companheiros dos nossos dias.

Fiéis sempre aos nossos amores, aos nossos princípios, aos nossos ideais, de forma a podermos dizer: nunca Te neguei, e mesmo quando caí no Caminho, levantei-me e segui adiante… na Tua direcção…


Temos a Sua promessa: um dia, Jesus virá buscar cada um de nós, a fim de que, onde Ele estiver, nós aí estaremos também…

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sábado, 19 de abril de 2008

Permanecer no Amor de Deus...

Neste Sábado, dos Evangelhos se retira que a vida dos discípulos de Jesus não era fácil.

Tal como não é fácil a nossa vida de hoje, entontecidos que estamos pelo frio mundo da tecnologia, que poderá fazer-nos esquecer que o Inimigo de Deus, e nosso, aí está, escondido como um ladrão, pronto para roubar a felicidade que nos foi prometida por Jesus.

E afinal, aqui estamos a viver num mundo que O rejeita…

Apesar desse facto, temos de percorrer o único Caminho que vale a pena trilhar, pois o Senhor da Vida nunca nos deixará sós.

Apesar das dificuldades, sabemos que o amor de Deus é um dom que Ele quer conceder a todos os homens e mulheres: basta estarmos dispostos a acolhê-lo; é a tal porta que devemos abrir… abrir a porta ao nosso único Rei e Senhor!

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domingo, 13 de abril de 2008

O Bom Pastor.






Disse Jesus: “Eu sou o Bom Pastor. O bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”.
(São João 10:11).

Nós todos que andamos neste vale de lágrimas, bem sabemos que a vida é um tremendo desafio à nossa resistência física e mental. No fundo, um desafio à nossa capacidade de sofrimento…

Contudo, Deus é Aquele que nos pode ajudar a vencer qualquer problema ou barreira: apenas temos de abrir a porta quando Ele a ela bate…

Cristo foi o nosso Redentor.

Para salvar o homem, atingido pelo seu próprio pecado, foi necessário que Deus se tornasse homem e assumisse as culpas dos homens, sacrificando-se por eles.

Esse sacrifício propiciatório, que Cristo realizou no Calvário, é repetido em cada Missa, quando o sacerdote, pela transubstanciação do pão e do vinho no corpo e sangue de Cristo, oferece, de novo, o próprio Cristo a Deus Pai, por via dos nossos pecados.

Daí o valor intrínseco e infinito da Missa.

João Paulo II, na sua Carta Encíclica “ Ecclesia de Eucharistia” bem afirmou que “ A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: «Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20); mas, na sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par.”



Não certamente pelas nossas virtudes, mas por via da Bondade de Jesus, esperamos que, quando chegar a hora da nossa partida, possamos finalmente possuir a Sua Paz.

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domingo, 6 de abril de 2008

Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes.


Na sua 4.ª edição, o Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes distinguiu a Professora Maria Helena Rocha Pereira.

Professora universitária e investigadora, licenciou-se em Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1947, e doutorou-se em Letras na mesma Universidade, em 1956.

Iniciou a sua actividade profissional no Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Porto, onde foi professora de Latim e depois também de Grego (de 1948 a 1957), mas fez a carreira universitária na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde ingressou em 1951 como segundo assistente de Filologia Clássica, e foi professora catedrática titular da cadeira de Literatura Grega desde 1964, e ainda vice-reitora em 1970/71.


D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, afirmou que a atribuição do Prémio “distingue a excelência da actividade realizada pela Professora Maria Helena da Rocha Pereira numa área – Estudos Clássicos – fundamental, ainda mais nos dias de hoje, para formação da cultura e da identidade portuguesas”.


Mulheres como a Professora Maria Helena Rocha Pereira foram formadas num tempo em que existia um clima de recolhimento, estudo e reflexão, que o regime de então propiciava.

E que hoje já não existe e parece não poder ser ressuscitado.


Os tempos que correm são de superficialidade e de apagamento da memória social e colectiva.

E ainda dizem que o “Estado Novo” foi tempo de obscurantismo!

Vivemos num tempo de destruição dos mais sagrados valores.

Paradoxalmente, já o Prof. Marcello Caetano alertava, no ano de 1972, que “Fazer política não pode ser cultivar o desvario das utopias estéreis ou agitar-se na loucura das violências destruidoras.”



Hoje, culpados e inocentes, todos pagamos as loucuras cometidas há trinta e três anos!





Nota I: fonte da notícia: Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Nota II: o citado discurso de Marcello Caetano foi proferido na reunião das comissões da ANP, Santarém, 21 de Maio 1972

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