Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Eugénio de Andrade, Poeta do Amor.


Eugénio de Andrade nasceu a 19 Janeiro de 1923.

Neste preciso dia, aqui deixo este seu poema, muito na linha de um José Gomes Ferreira.
Com eles, aprendi, de algum modo, a transfigurar a dura realidade de anos de chumbo em poesia…


Tinham o rosto aberto a quem passava.
Tinham lendas e mitos
e frio no coração.
Tinham jardins onde a lua passeava
de mãos dadas com a água
e um anjo de pedra por irmão.

Tinham como toda a gente
o milagre de cada dia
escorrendo pelos telhados;
e olhos de oiro
onde ardiam
os sonhos mais tresmalhados.

Tinham fome e sede como os bichos,
e silêncio
à roda dos seus passos.
Mas a cada gesto que faziam
um pássaro nascia dos seus dedos
e deslumbrado penetrava nos espaços.

(Os amantes sem dinheiro)

17 Comments:

Blogger ferreira said...

Muito bonito o poema!Cabral-Mendes. De facto na linha daquele outro que mencionou abaixo « ...e se de repente...duas pombas azuis...»
Paz e bem!

sábado, janeiro 20, 2007  
Blogger C.M. said...

Paz e Bem, meu Amigo|

sábado, janeiro 20, 2007  
Blogger Cleopatra said...

Com esta estória da Esmeralda que parece que agora já se chama Ana Filipa, mais uma aberração, nem me lembrei do meu poeta preferido...

Posso roubar-lhe este post?
Queria corar aqui humildemente, no recato do seu blog , pelos elogios rasgados e entusiastas que me fez.

Sabe... eu sou necessariamente...mal comportada.
É estrutural Não há nada a fazer.

Um grande abraço de muito respeito.

domingo, janeiro 21, 2007  
Blogger C.M. said...

Pode "roubar" à vontade, Cleo, que neste estabelecimento ninguém é preso...
Ah! E ainda bem que é "mal comportada" Cleo...

Um abraço fraterno para si!

P.S.: Aquilo a que chama de elogios é a constatação da verdade: uma mulher, Magistrada, que entende que a Justiça não deve ser cega...

domingo, janeiro 21, 2007  
Blogger Cleopatra said...

Gostava que espreitassem aqui : -

http://oescudo.blogspot.com/2007/01/esmeralda.html

domingo, janeiro 21, 2007  
Blogger C.M. said...

Terrível, não é?!

domingo, janeiro 21, 2007  
Blogger Cleopatra said...

Já foi ao IN VERBIS?
ENtão vá e depressa...Acho que faz lá falta. Aquilo está a abandalhar de tanto anónimo.
Nem sei se não são todos o mesmo!!! ihihihihi
Coitado do Dr Timóteo. Com tanta abertura leva com cada um!..

http://www.verbojuridico.net/inverbis//

segunda-feira, janeiro 22, 2007  
Blogger C.M. said...

Já lá fui acudir, embora à pressa...

segunda-feira, janeiro 22, 2007  
Blogger C.M. said...

Vão-me cair em cima...

segunda-feira, janeiro 22, 2007  
Blogger Cleopatra said...

Tenho de lá ir!
E vi o anúncio do programa com a Dr Dulce Rocha.
Tenho de o noticiar também lá minha Lua!
Tenho de ir ao In verbis.
Estou no meio de um montão de despachos.
Vim só respirar fundo... ufffffff

segunda-feira, janeiro 22, 2007  
Blogger Ni said...

Urgentemente

É urgente o Amor,
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.
É urgente o amor,
É urgente permanecer.



Eugénio de Andrade

segunda-feira, janeiro 22, 2007  
Blogger ferreira said...

Amigo Cabral-Mendes, espero que releve esta usurpação do seu espaço, para fins nada relacionados com o texto.

« Senhor se da tua ...»

Senhor se da tua pura justiça
Nascem os monstros que em minha roda eu vejo
É porque alguém te venceu ou desviou
Em não sei que penumbra os teus caminhos

Foram talvez os anjos revoltados.
Muito tempo antes de eu ter vindo
Já se tinha a tua obra dividido

E em vão eu busco a tua face antiga
És sempre um deus que nunca tem um rosto

Por muito que eu te chame e te persiga

segunda-feira, janeiro 22, 2007  
Blogger ferreira said...

em tempo, o poema é óbviamente da Sophia Andresen.

segunda-feira, janeiro 22, 2007  
Blogger C.M. said...

Cleo, publicite o que entender: este espaço é também seu...

Amigo Ferreira: não invade absolutamente nada: este espaço é também seu.

O poema de Sophia revela bem a angústia do homem moderno: perdido, no emaranhado deste mundo, desespera de um sinal. Contudo, Deus revela-se, não por grandes gestos, mas sim por pequenos pormenores que surgem na nossa vida. Apenas é necessário estarmos atentos aos pequenos mistérios que sugem na nossa vida.

Por vezes, a Justiça parece tardar: mas ela prevalece sempre...

segunda-feira, janeiro 22, 2007  
Blogger C.M. said...

Querida Ni: este poema de Eugénio de Andrade é também um grito de todos nós, pois que se pudessemos destruir, efectivamente, certas palavras, este nosso mundo poderia ser o paraíso. Mas este tarda, com efeito..

segunda-feira, janeiro 22, 2007  
Blogger Cleopatra said...

Vou publcitar...
vou furtar...
É furto formigueiro.
E vou brincar com o post.
Brinacar com muito respeito... é só o titulo..
Depois espreite.
Um abraço.

sábado, janeiro 27, 2007  
Blogger C.M. said...

Cá fico à espera...

domingo, janeiro 28, 2007  

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