Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Das nossas devoções I - Na primeira Sexta-Feira do Mês...



Hoje é a primeira Sexta-Feira do Mês e deste Ano de 2007, ano que pretendemos, apesar das nossas fragilidades, que seja Santo, do agrado d’Aquele que amamos, ao qual nos encontramos rendidos pela Sua Beleza e Misericórdia, Senhor que é da nossa vida, da nossa história pessoal e da História da Humanidade.

Com efeito, em 1673, Santa Margarida Maria de Alacoque teve uma série de revelações de Jesus Cristo, que a levaram à santidade e à criação de apóstolos desta devoção.

O doce Jesus manifestou-lhe as maravilhas do Seu Amor e os segredos do Seu Coração.

Todavia, esta devoção tem raízes desde o século XI. Veja-se São Boaventura, o qual, no seu “ O lenho da Vida”, diz-nos o seguinte: “ (...) para que do lado de Cristo, morto na cruz, fosse formada a Igreja, e se cumprisse a escritura, que diz: Olharão para Aquele que trespassaram” (João 19, 34), foi permitido, por divina disposição, que um soldado perfurasse e abrisse aquele lado sagrado. Dele saiu sangue e água, preço da nossa salvação (…)”.

O culto ao Sagrado Coração de Jesus teve sempre uma grande oposição. Atente-se no jansenismo, no século XVIII. E, “estranhamente”, a Europa, ao rejeitar o Coração de Cristo, viu-se assombrada pela Revolução francesa e pelas guerras provocadas por Napoleão Bonaparte. E, na História do nosso País, veja-se a acção perniciosa da I República relativamente não só a este culto, mas também ao culto da Imaculada Conceição de Maria…

Mas, no seio da Igreja, Pio IX, em 1856, estendeu a festa do Sagrado Coração de Jesus a toda ela e, em 1899, Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus. Um acto pleno de significado: O Mundo não é refém do Mal, mas pertence antes ao Bem que é Cristo !

Entre as muitas promessas que Jesus Cristo fez, àqueles que fossem devotos do seu Sagrado Coração, uma se destaca: aqueles que comunguem em sua honra, nas nove primeiras sextas-feiras de cada mês, para além da graça da penitência final, não partirão sem receber os Sacramentos, não morrerão em pecado, e o Coração de Jesus será o seu refúgio naquele último momento…

Assim sendo, para nós Cristãos, que vivemos a Fé com Paixão, que razão temos para temer a Morte?...

Que ela, a “irmã” Morte, como assim a apelidava São Francisco de Assis, seja para nós, um dia, uma passagem para uma existência em comunhão com Jesus e Maria!

"Mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água" (São João, 19,34).

Nota final: a minha amiga Maria do Céu remeteu-me as seguintes notas, as quais, totalmente pertinentes, as transcrevo, com a devida vénia:

" Temos na nossa cidade de Lisboa, o primeiro santuário do Mundo a ser consagrado ao culto do Sagrado Coração, aprovado por bula papal. É a Real Basílica do Santíssimo Coração de Jesus, mais conhecida por Basílica da Estrela, cuja construção nasceu da devoção de D. Maria I ao culto do Sagrado Coração de Jesus.

Ainda princesa, fez um voto ao Santíssimo Coração, de mandar erguer uma igreja e convento para as religiosas de Santa Teresa de Ávila, ou seja, para as Carmelitas Descalças, pedindo o nascimento de um filho varão.
Quando ela casou com o Infante D. Pedro, em 1760, logo os preparativos para as obras começaram. Mas uma série de obstáculos só permitiu que a Basílica fosse sagrada em Novembro de 1789, uma década após a bênção da primeira pedra.
E depois é bom não esquecer, que D. Maria I veio a falecer no Brasil, para onde a família real foi obrigada a exilar-se. Mas os seus restos mortais encontram-se, desde 1821, num túmulo levantado para o efeito, no interior da real Basílica. "