Nestes dias,
ao contemplar as fotos que numa tarde de sol lhe tirei, apodera-se-me de mim
uma angustiosa saudade.
O
seu rosto ultimamente estava diferente – reflectia uma alma nova que o habitava
(mesmo que ele não tenha dado por isso). Mais doce e, todavia, mais sofredora.
Porventura um sofrimento redentor.
Dei
conta que agora passo muito tempo a olhar para as derradeiras fotos que lhe fiz, e
descubro no seu rosto uma expressão de tristeza e dor contida.
Tenho
que aguentar este peso que me oprime, pois que só agora, passados dois meses da
sua partida, "compreendi" que ele morreu, e me dei conta da crua realidade – a de que ele me faz muita
falta. Apesar dos nossos constantes desencontros.
A dor da morte repete-se na minha vida, com uma intensidade que pensei não me atingisse.
Há
coisas que não sabemos explicar.
Etiquetas: Só Tu tens Palavras de Vida Eterna
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