Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

domingo, 10 de outubro de 2010

Afinal, os males que hoje nos afligem...

Andamos aflitos com este estado de coisas… a falência iminente desta terra, por via da saloiice dos políticos (?!) que levaram à ruína um País que já foi grande e respeitado.


Políticos que amputaram Portugal do seu vasto território (hoje, nas nossas antigas Províncias Ultramarinas, as gentes são imensamente mais pobres e infelizes), e o conduziram à submissão que está aí patente, nas figuras pardas da União Europeia.

Faltam-nos políticos de grande envergadura, como aqueles que, sobre as ruínas criadas pelo desvario da I República, reconstruíram, com determinação e de modo consolidado, Portugal.


Afinal, os males que hoje nos afligem já tinham sido identificados (e esconjurados) por quem verdadeiramente sabia dos perigos que poderiam assolar Portugal.

Atente-se nestas passagens (e muitas seriam…) da autoria de António de Oliveira Salazar:


Sobre os Partidos:


“A política partidarista fez perder aos indivíduos o sentido nacional. A dinâmica da luta política, a paixão do poder pelo poder alteraram na consciência dos homens o conceito de servir a Nação, através das instituições políticas. Se o partido não governa, é sobre o País que recai a animadversão do seu ostracismo. Não é possível nessas mentes apaixonadas a distinção entre o que pode combater os homens sem amesquinhar as pátrias, e o que pode diminuir estas de envolta com os seus governantes. Parece que todo o bem feito pelos outros os ofende, e lhes dá prazer o mal que a todos aflige. [...]”
(16 de Julho de 1934)


No rescaldo das "comemorações" dos 100 anos da República…

“O nosso liberalismo soava a falso - foi sempre intolerante e jacobino. Sê-lo-ia amanhã mais refalsadamente se pudesse outra vez instalar-se no Poder.
Deixaria de ser apenas anticatólico para ser anticristão, irreligioso, furiosamente ateu; deixaria de ser estranho às coisas do espírito para ser teórica e praticamente amoral. A sua tendência fatal para a exploração das massas sem benefício palpável do povo, para o igualitarismo em baixo, levava-o e levá-lo-ia depois ainda mais, para o ódio a tudo o que é superior pela inteligência, pela virtude, pela beleza.”
(9 de Dezembro de 1934)

Angustiadas andam hoje as gentes que se sentem desamparadas, sem um rumo a seguir, e sem esperança no amanhã. Todavia, em 1936, Salazar afirmava…

“Às almas dilaceradas pela dúvida e o negativismo do século procurámos restituir o conforto das grandes certezas. Não discutimos Deus e a virtude; não discutimos a Pátria e a sua história; não discutimos a Autoridade e o seu prestígio; não discutimos a Família e a sua moral: não discutimos a glória do Trabalho e o seu dever (…)”.
(26 de Maio de 1936)

“Entendemos por defesa moral a defesa da consciência da Nação, no duplo aspecto da sua unidade e da sua personalidade, da coesão que faz a força e do carácter que a torna inconfundível entre as nações.
Os objectivos que se demandam com esta defesa são em primeiro lugar poder a nação determinar-se em qualquer momento segundo o interesse colectivo, e depois poder dar contribuição activa e útil à obra de civilização de que aproveita em comum a humanidade.
Correlativamente, os perigos para a consciência da Nação são dividir-se, extraviar-se (que também é dividir-se) e despersonalizar-se. “
(25 de Junho de 1942)



Não é o que aconteceu a esta Nação? (será que ainda seremos dignos deste nome, Nação?!...).


Nota: com a devida vénia, estes excertos são retirados da obra, altamente meritória (poucos serão aqueles que possuem hoje os "Discursos" na edição original), de Mendo Castro Henriques e Gonçalo de Sampaio e Mello - "Pensamento e Doutrina Política, Textos Antológicos, António de Oliveira Salazar". Edição da Verbo.

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