Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

domingo, 19 de setembro de 2010

O "incómodo" da I República no ano do seu centenário...

No ano em que a maçonaria, os jacobinos, os carbonários , o que lhes quisermos chamar (desde o 25 de Abril que os sucessivos governos têm sido compostos por esta gentalha), pretendem, às expensas de todos nós, "comemorar" esse triste evento que foi a implantação da república neste País, convém ler aqueles historiadores que são (sempre serão pela sua natureza, pelo seu carácter) indepententes do poder político.
Como Vasco Pulido Valente.


Em boa hora reeditado o seu estudo "O Poder e o Povo" (Edit. Aletheia"), logo no prefácio a esta 6ª edição (fls. 17), se pode ler esta verdade tão simples e tão ignorada ou mantida propositadamente no segredo.
Ei-la:

"A questão é esta: como é possível pedir aos partidos de uma democracia liberal que festejem uma ditadura terrorista em que reinavam “carbonários”, vigilantes de vário género e pêlo e a « formiga branca» (como lhe chamavam) do jacobinismo? Como é possível pedir ao PC que celebre uma República que perseguia os trabalhadores? Como é possível pedir que uma cultura política assente nos “direitos do homem e do cidadão preste homenagem oficial a uma cultura política que perseguia sem escrúpulos (e, às vezes, matava) uma extensa e indeterminada multidão de “suspeitos” (anarquistas, anarco-sindicalistas, monárquicos, moderados e por aí fora)? Como é possível a uma cultura legalista aclamar um Estado que exibia os presos políticos pelas ruas (para o “povo” agredir) e tinha nas cadeias, sem acusação e por simples denúncia, milhares de pessoas? Como é possível ao Estado da tolerância e da aceitação do «outro» ir de repente mostrar o seu respeito por uma ideologia cuja essência era a erradicação da Igreja Católica? E como é possível, no meio disto tudo, ignorar que a Monarquia, tão vilificada pelo PRP, apesar da sua decadência e da sua inoperância, tinha sido um regime bem mais livre e legalista do que a grosseira cópia do pior radicalismo francês que o 5 de Outubro trouxe a Portugal?
Ainda por cima, a República não legou ao futuro nenhum herói. Afonso Costa, António José d'Almeida, Brito Camacho, Bernardino Machado, António Maria da Silva eram visceralmente odiados por todo o país. "

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