Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Nos degraus da Igreja de São João de Deus.


Tinha caído a noite, cheia de luzinhas a brilhar na bela Praça de Londres, quando saí da Igreja de São João de Deus, após ter participado na Missa das 19H, no dia em que se celebra, na liturgia, Nossa Senhora das Candeias e a Apresentação do Menino Jesus.

Desci lentamente os degraus, olhando para a janela do meu gabinete. Naquelas quatro paredes passam tantos casos, muitos deles pequenos (grandes) dramas de pessoas que confiam a sua vida nas minhas mãos... Que confiam na Justiça, na Lei, pese embora o facto do edifício, construído por Marcello Caetano, estar a ser destruído por aprendizes de feiticeiro… com efeito, o Direito Administrativo é algo que mexe com a vida das pessoas, na sua relação com o Estado, e tentar “modernizar” (agora tudo tem de ser “moderno”…) uma ciência como o Direito Administrativo poderá criar insanáveis contradições no seio do sistema. Veja-se agora essa adesão absurda do Contencioso Administrativo ao Processo Civil!

Mas, dizia eu, ao descer os degraus daquela Igreja de linhas tão nobres, onde, no seu interior, existe uma das mais lindas e tocantes imagens de Nossa Senhora, dei graças ao Senhor e à Sua Mãe pela minha bela profissão, onde tenho oportunidade de fazer o Bem, criar pequenos oásis de apaziguamento e de restabelecimento da verdade e da justiça para quem dela está necessitado.

Ao descer aqueles degraus, acompanhado pela minha (tão maravilhosa) mulher, pensei que, na verdade, o Senhor é o meu companheiro de viagem, como outrora o foi dos discípulos de Emaús!

Nota: foto da Igreja de São João de Deus - Praça de Londres, anos 60. Retirada do fabuloso "site" da Paróquia de São João de Deus - http://www.paroquia-sjoaodeus.pt/historicofotos.html