Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

sábado, 30 de dezembro de 2006

Portugal: Estado laico (?) mas Nação Católica!



Celebrámos o Natal. A partir de agora, o ciclo litúrgico vai revelar-nos o nosso doce Jesus na Sua acção salvífica no seio da Humanidade, no Seu desejo de salvar o Homem de si próprio – Homo homini lúpus… Este é rebelde, rejeita o suave jugo do Senhor… Quer antes fazer parte do Mal, aliar-se a este, confundir-se com este.

Os doutrinadores do Iluminismo julgaram que poderiam apagar do coração dos homens todo o sentimento religioso, a ideia de Deus. Assim também o tentou o comunismo ateu. Em vão. Até do campo da neurobiologia nos chegam notícias que revelam que o nosso cérebro nos impulsiona a acreditar em Deus!
Por isso, estão condenados ao fracasso aqueles que afirmam o laicismo como a nova ideologia a ser professada pelo Estado, e imposta a toda a sociedade.

Seria, de facto, a ditadura de alguns sobre a esmagadora maioria da nossa sociedade, de confissão católica.

Querem confundir laicismo com laicidade. Convém-lhes, é claro, jogar com um certo desconhecimento de uma larga franja da população, pouco dada a metafísicas…

O laicismo é inimigo da Fé, considera esta como uma ameaça e, assim, tenta reduzi-la a um espaço rigorosamente privado.


Em França, donde sempre sopraram ventos funestos, depois da queda do Império de Napoleão III em 1870, da Comuna de Paris, e das tentativas de restauração da Monarquia, eis que uma maioria republicana, a partir de 1879, adoptou um leque de medidas tendentes a impor o laicismo, com todas as suas consequências: suprimiu o descanso dominical obrigatório (1879), combateu as congregações religiosas, secularizou os cemitérios (1881), permitiu o divórcio (1884). O ensino religioso foi proibido nas escolas do Estado e, em 1886, aquele foi confiado a um quadro de pessoal "leigo", melhor dizendo, ferozmente republicano e ateu.

A nossa I República tudo isto copiou da França… e, é claro, abriu as portas ao 28 de Maio… não compreenderam, ou melhor, não quiseram compreender, que o Estado até poderá ser adepto da laicidade, mas a nossa Nação Portuguesa é Católica!

Mas, sejamos claros: este laicismo, que ganhou de novo garras no nosso Portugal, a pretexto de "laicizar" o Estado quer sim destruir a Religião e, em particular, a Religião Católica.

Como sabiamente afirmou Bento XVI, a "tolerância" que finge admitir Deus como uma opinião privada, mas que Lhe recusa o domínio público, não é tolerância, é hipocrisia…

4 Comments:

Blogger Isabel Magalhães said...

Caro Amigo Cabral Mendes;

Obrigada por este seu post. Pelo conforto que me transmitiu.



Aproveito para retribuir os seus votos e desejo que Deus lhos dê em dobro.

FELIZ 2007.

post scriptum: Afinal o que aconteceu com o blogue?!

sábado, dezembro 30, 2006  
Blogger C.M. said...

Mistérios, cara amiga...mistérios...

Um Bom Ano Novo!

sábado, dezembro 30, 2006  
Blogger ferreira said...

Caro Cabral-Mendes o seu post de hoje trata uma questão complicada!
De todo o modo a questão que se coloca poderia ser esta « Em que crê quem não crê?» E vem esta pergunta, na sequência de uma outra que o Cardeal Martini dirigiu a Humberto Eco: « Em que assenta a certeza e imperatividade do seu agir moral quem não tem intenções, para basear o absoluto de uma ética, de fazer apelo a princípios metafísicos ou seja como for a valores transcendentes nem a imperativos catégoricos universalmente válidos?
E olhe , terei que analisar o seu belo post, mais de uma vez.
Aproveito para lhe desejar um Novo Ano-2007-, com Alegria, Saúde, Paz, realização pessoal e profissional, espero que melhor do que este famigerado 2006.
Abraço fraterno

domingo, dezembro 31, 2006  
Blogger C.M. said...

Com efeito, quem rejeita valores éticos e morais, quem rejeita a comunhão com valores transcendentes, superiores ao próprio homem, afinal nivela-se com os animais irracionais...desprovidos de alma...


Agradeço e retribuo esses seus votos, caro Amigo.
Um Bom Ano Novo!

domingo, dezembro 31, 2006  

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