Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

A minha foto
Nome:
Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

O dia de Natal chega ao fim...


O dia de Natal chega ao fim, com efeito... Mas não a sua magia e o seu encanto, que nos acompanha ao longo do ano... Passam poucos minutos da meia-noite. Para trás, ficou a agitação das últimas horas. Estamos agora postos em sossego na nossa sala, a ver as chamas da lareira que nos faz companhia, com o seu suave crepitar. A noite lá fora deve estar agreste para tanta gente... até me sinto culpado... O doce cheiro da lenha reconforta-nos na nossa solidão, coisa inventada pelo homem moderno, parece-me... o seu cheiro, dizia, leva-nos provavelmente a outras paragens…lembra-nos Héstia, a deusa dos laços familiares, simbolizada, com efeito, pelo fogo da lareira. Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam o fogo desta como símbolo da ligação com a terra mater… É isso, a ligação à terra, que vai faltando ao homem moderno, está a corroê-lo. De modo inconsciente, ele sabe que perdeu algo que lhe é essencial.

Hoje, creio que o homem está a alienar a sua Alma a troco de nada. Talvez como o Fausto, de Johann Goethe. Choca-me, por exemplo, que nos dias que correm se pense em conferir “direitos humanos”, como o direito de voto, o direito à saúde, à habitação, e contemplar o serviço militar obrigatório, para as máquinasa robôs! Robôs conscientes! Serão os robôs-cidadãos do amanhã! Vem na última edição do Jornal “Sol”… Que cenário de pesadelo, para a nossa sociedade, se estará a criar na sombra?!

Penso muitas vezes, e nesta noite muito particularmente, no tempo que foi dado viver a São José e a Maria: a simplicidade da vida, as alegrias de um lar cheio de amor, o trabalho humilde e belo daquele, a vida de contemplação desta… o cair do dia, e o recolhimento daquele casal na sua casa, despojada do supérfluo, mas rica de tudo o que falta ao homem dos nossos dias…