África nossa.
Acerca da barragem de Cabora Bassa (era este o nome à época da construção…), no Jornal Público pode ler-se:
“O primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas na sua visita à quarta maior barragem de África, disse ter intenção "de fazer uma operação que permita que empresas moçambicanas e portuguesas fiquem agora ligadas ao projecto". Acrescentou ainda que não fazia sentido "uma participação financeira do Estado português" em Cahora Bassa, mas sim entregar o aproveitamento hidro-eléctrico "a empresas portuguesas que tragam tecnologia e possam assumir um papel no desenvolvimento" da barragem.”
E interrogo-me porque razão Portugal não poderia manter aí uma participação? Zona (Província de Tete) tão atacada no tempo da guerra ultramarina, mesmo assim foi possível construir, graças à defesa ali montada pelos soldados portugueses, o quarto maior lago artificial do continente africano.
Uma “correcção” se impõe: não é o Governo que detém a participação no referido Complexo, mas sim Portugal, a Nação, logo, todos nós. E por mim declaro desde já que não passei nenhuma procuração a Sócrates para ele vender o que quer que seja…
Tudo isto deriva dessa vergonha chamada “descolonização exemplar”, a qual constituiu isso sim uma tragédia para todos os portugueses e, em particular, para aqueles que viviam em território ultramarino, ao tempo parte integrante da Nação (palavra hoje mal vista…), e que tiveram que abandonar, em condições penosas e à pressa, as nossas províncias, por virtude da situação de instabilidade nelas criadas.
Que dizer da acção lamentável dos abrilistas que fizeram o jogo dos movimentos ditos de “libertação”, como o MPLA em Angola, a Frelimo em Moçambique, baixando os braços e deixando toda uma população (branca e negra) à mercê de vinganças? De facto, o movimento dos Capitães previa expressamente a preservação das províncias ultramarinas e não a sua entrega (que se fez deliberadamente atabalhoada).
Foi assim intenção de realizar naquelas um clima de verdadeiro terror a fim das populações brancas regressarem à Metrópole.
Então a África portuguesa não poderia ser um espaço de sã convivência para todos? Ou será que África é só para os negros? Então agora faz-se “apartheid” de raças por continentes? E os negros que estão aqui? Vamos expulsá-los? Haja bom senso e não sectarismos…
Em muitos discursos de Marcello Caetano (esse homem impoluto que deveria ter chegado ao poder muito mais cedo), já se previa a hecatombe humana que se seguiria a uma eventual entrega das províncias aos “movimentos de libertação”.
Ninguém o quis ouvir. Não lhe deram tempo. Nem os “ultras” do Regime, nem os enfeudados aos “amanhãs que cantam”, nem os comprometidos com “interesses subterrâneos” que hoje dominam a sociedade portuguesa.
“O primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas na sua visita à quarta maior barragem de África, disse ter intenção "de fazer uma operação que permita que empresas moçambicanas e portuguesas fiquem agora ligadas ao projecto". Acrescentou ainda que não fazia sentido "uma participação financeira do Estado português" em Cahora Bassa, mas sim entregar o aproveitamento hidro-eléctrico "a empresas portuguesas que tragam tecnologia e possam assumir um papel no desenvolvimento" da barragem.”
E interrogo-me porque razão Portugal não poderia manter aí uma participação? Zona (Província de Tete) tão atacada no tempo da guerra ultramarina, mesmo assim foi possível construir, graças à defesa ali montada pelos soldados portugueses, o quarto maior lago artificial do continente africano.
Uma “correcção” se impõe: não é o Governo que detém a participação no referido Complexo, mas sim Portugal, a Nação, logo, todos nós. E por mim declaro desde já que não passei nenhuma procuração a Sócrates para ele vender o que quer que seja…
Tudo isto deriva dessa vergonha chamada “descolonização exemplar”, a qual constituiu isso sim uma tragédia para todos os portugueses e, em particular, para aqueles que viviam em território ultramarino, ao tempo parte integrante da Nação (palavra hoje mal vista…), e que tiveram que abandonar, em condições penosas e à pressa, as nossas províncias, por virtude da situação de instabilidade nelas criadas.
Que dizer da acção lamentável dos abrilistas que fizeram o jogo dos movimentos ditos de “libertação”, como o MPLA em Angola, a Frelimo em Moçambique, baixando os braços e deixando toda uma população (branca e negra) à mercê de vinganças? De facto, o movimento dos Capitães previa expressamente a preservação das províncias ultramarinas e não a sua entrega (que se fez deliberadamente atabalhoada).
Foi assim intenção de realizar naquelas um clima de verdadeiro terror a fim das populações brancas regressarem à Metrópole.
Então a África portuguesa não poderia ser um espaço de sã convivência para todos? Ou será que África é só para os negros? Então agora faz-se “apartheid” de raças por continentes? E os negros que estão aqui? Vamos expulsá-los? Haja bom senso e não sectarismos…
Em muitos discursos de Marcello Caetano (esse homem impoluto que deveria ter chegado ao poder muito mais cedo), já se previa a hecatombe humana que se seguiria a uma eventual entrega das províncias aos “movimentos de libertação”.
Ninguém o quis ouvir. Não lhe deram tempo. Nem os “ultras” do Regime, nem os enfeudados aos “amanhãs que cantam”, nem os comprometidos com “interesses subterrâneos” que hoje dominam a sociedade portuguesa.
Etiquetas: Da Política obscena
2 Comments:
Concordo, com tudo. E também com o seu perfil. Sábias palavras.
Sempre fui Católica, hoje também sou Monárquica, com convicção, num desejo de voltar a dar um rosto digno ao nosso Portugal. Deus, Pátria e Família continuam a ser Valores que nunca deveriam ter perdido o seu verdadeiro sentido, independentes de qualquer cor política. E já perdemos tanto!
Parabéns pelo seu blogue, nunca é demais dizer a Verdade e é sempre salutar lê-la.
Maria Duarte
Penhorado pelas suas palavras, Maria.
De facto, eis a trilogia que temos de defender a todo o custo: Deus, Pátria e Família: há algo de mais belo e puro que isto?
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