Tempo de Cinzas e Esperança.
E vem talvez a propósito o conteúdo de um artigo que li há dois dias, numa revista da qual sou assinante – a “STELLA”, das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima.
Todos nós, crentes ou não, no dia em que aqui terminarmos a nossa curta viagem, encontrar-nos-emos com Jesus Cristo. E, de acordo com essa realidade, penso amiúde que, apesar de servo indigno, gostaria de, no último sopro, ter lucidez e forças para poder estender as minhas mãos na Sua direcção e suplicar-Lhe que me acolha, apesar de… tudo!
Pois essa imagem suplicante revi-a nesse dito artigo, assombroso, e que passo, com a devida vénia, a transcrever parcialmente:
“A Luz de Deus ilumina os doentes em coma?”
Quando pároco na igreja de Santa Maria, no Texas, o Padre Tim era também capelão de noite num grande Hospital Católico (...).
Helena estava em coma havia já várias semanas. Frequentemente acontece que as pessoas em estado de coma conseguem ainda ouvir porque o ouvido é o último sentido a desaparecer. Todas as noites ele rezava junto dela um Pai-nosso, uma Ave-Maria e uma glória (...).
Às 3 horas da manhã, entra no quarto sem acender a luz porque o luar iluminava todo o quarto. Sentado numa cadeira perto da cama de Helena, rezou rapidamente as orações habituais, pensando que era o suficiente. No entanto ele tinha o pressentimento profundo de que devia fazer alguma coisa por esta mulher. E alguma coisa (ou alguém?) lhe disse que devia oferecer-lhe a possibilidade de receber o Sacramento da Reconciliação, talvez ela não tivesse tido ocasião de se confessar antes de adoecer?! Então, o Padre Tim propôs-lhe a absolvição sacramental e disse-lhe que faria uns momentos de silêncio durante o qual ela poderia confessar os seus pecados a Deus dentro do seu coração. Depois, recitou o acto de contrição pedindo a Helena que rezasse em silêncio ao mesmo tempo que ele. A seguir, impôs-lhe as mãos e deu-lhe a absolvição de todos os seus pecados.
Enquanto o Padre pronunciava as últimas palavras da absolvição, Helena sentou-se subitamente na cama. E, com os olhos abertos, estendeu os braços para a frente e sorrindo de felicidade exclamou: Jesus!
O Padre Tim voltou-se imediatamente para a parede que ela fixava com tanta intensidade e viu apenas pendurado um pequeno crucifixo de madeira.
Voltando-se, de novo, para Helena viu que ela tinha voltado a cair sobre a almofada, e estava morta! Foram precisos alguns momentos para o Padre Tim compreender o que se tinha passado. Alguma coisa a retinha, porém, uma vez liberta dessa "prisão", ela estava livre para ir ter com Jesus (...)."
Afinal, Ele espera-nos, apesar de... tudo!
Nota I: Artigo da Irmã Emanuel, in Stella Maris, traduzido pela Ir. Maria Paula de Cristo. Edição de Janeiro/Fevereiro 2010, nº 647 – Ano LXXIII. Com a devida vénia.
Nota II: na imagem, o Crucifixo de São Damião, através do qual Jesus falou a São Francisco: "Francisco, reconstroi a minha Igreja".
Passados sete séculos, é tempo, de facto, de reconstruirmos a Igreja que somos todos nós.
Etiquetas: Palavras ditas a Jesus
6 Comments:
Impressionante relato.
É verdade, Cristina. Deveria vir nas primeiras páginas dos jornais!
Muito impressionante mesmo.
De facto...e pensarmos que nós andamos tantas vezes distraídos com o acessório...
fantástico no mínimo...
andamos distraídos, esquecidos e cansados.. ou se calhar com um sentimento de abandono...
xi
maria
Bjs maria!
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