There’ll be a place for you and me.
Tarde chuvosa e melancólica, que nos leva a estar refugiados em casa, longe de tudo. Contemplo a estrada molhada, os carros que passam, porventura sem destino interessante, as árvores nuas e penso como amo o Inverno. Esta doce melancolia que nos invade o coração (eu sei o que é: são as "saudades" de Deus que nós tantas vezes sentimos).
Mas a verdade é que o Inverno traz-me a dita angústia! Paradoxal, não? Pois… de facto, apenas o verão me traz a ilusão de que todos os sonhos são possíveis… mas, aqui em Portugal, e como muito boa gente afirma, asfixiamos, emparedados que estamos entre a mediocridade “institucionalizada” e o “crime organizado”…
Procuro respirar, ouvindo Norah Jones, Joss Stone, Diana Krall, Melody Gardot.
E anseio, como esta, que
“ eventually in time
There’ll be a place for you and me”
“ eventually in time
There’ll be a place for you and me”
Etiquetas: Estados de Alma
4 Comments:
Gostei muito da ideia da melancolia que nos invade em certos dias serem as "saudades" de Deus.
É o que sinto, Redonda. Mais a mais, amanhã entramos na Quaresma...um Tempo de oração, contemplação... talvez connosco próprios...
Obrigado pela sua companhia, Redonda.
eu adoro o Inverno mas este ano está a pesar-me muito por diversas razões...
aí vai um poema meu porque hoje o tempo está assim :)
xi
maria
FAZ NEVOEIRO EM LONDRES
Tacteando paredes húmidas,
caminho cautelosa.
Lateja-me o coração,
cavalo doido
no meu peito.
Aconchego o casaco
molhado e velho,
num familiar cheiro a mofo.
Sons abafados
de passos
e vultos sombrios
diluem-se na névoa fria.
Faz nevoeiro em Londres
Que saudade de Lisboa.
Obrigado pelo seu poema, maria!
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