Da saudade
O Homem, no seu íntimo, tem saudades de Deus, do Paraíso que, por suas mãos, perdeu.
Acerca deste dia – Dia de Fiéis Defuntos – São Cipriano afirmou que ele é relativo àqueles que “ não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente”.
Todavia, a saudade que nos invade por via daqueles que partiram e com os quais poderíamos reescrever a nossa história pessoal, porventura de um modo mais perfeito, invade-nos inexoravelmente. Somos simplesmente frágeis e humanos, talvez demasiado humanos.
Não fosse uma saudade transcendente aquela que sentimos, e restar-nos-ia apenas a certeza de tudo acabar num total aniquilamento da memória, pessoal e colectiva.
Porém, nós, cristãos, pobres caminhantes em busca da Pátria celeste, acreditamos que no final desta jornada estará Jesus à nossa espera e, no excesso da Sua bondade e misericórdia, de braços abertos dirá: vem, cansado que estás, e repousa finalmente a tua cabeça no Meu peito...
Não sei como conseguem viver aqueles que não têm a graça de acreditar. Na verdade, este mundo, sem Deus, não faz sentido. E, como disse Leonardo Coimbra, “o mundo sem Deus pára”.
Acerca deste dia – Dia de Fiéis Defuntos – São Cipriano afirmou que ele é relativo àqueles que “ não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente”.
Todavia, a saudade que nos invade por via daqueles que partiram e com os quais poderíamos reescrever a nossa história pessoal, porventura de um modo mais perfeito, invade-nos inexoravelmente. Somos simplesmente frágeis e humanos, talvez demasiado humanos.
Não fosse uma saudade transcendente aquela que sentimos, e restar-nos-ia apenas a certeza de tudo acabar num total aniquilamento da memória, pessoal e colectiva.
Porém, nós, cristãos, pobres caminhantes em busca da Pátria celeste, acreditamos que no final desta jornada estará Jesus à nossa espera e, no excesso da Sua bondade e misericórdia, de braços abertos dirá: vem, cansado que estás, e repousa finalmente a tua cabeça no Meu peito...
Não sei como conseguem viver aqueles que não têm a graça de acreditar. Na verdade, este mundo, sem Deus, não faz sentido. E, como disse Leonardo Coimbra, “o mundo sem Deus pára”.
7 Comments:
"este mundo, sem Deus, não faz sentido"
grande verdade.
(para que nunca nos esqueçamos.)
As nossas saudações "azuis" :)
Obrigado pelas suas palavras. Pena que muitos esqueçam tal verdade...
Estive para fazer um post sobre o dia dos fiéis. Ou melhor, sobre a incomensurável saudade que sentimos pelos que partem antes de nós.
Todos os anos me impressiono com o número de pessoas que movidas, penso eu, por aquele sentimento de nostalgia, indiferentes à distância e abdicando de outros afazeres, rumam com destino aos cemitérios. Sinto aquele momento, e assim o vejo no rosto dos que comigo comparecem, como uma união colectiva com causa comum: a ausência sentida de quem nos é querido e, nas palavras de São Cipriano, "mandamos à frente".
Pergunto, que espécie de seres somos que mandamos à frente quem tanta falta nos faz? É por eles ou por nós que o fazemos?
“Que espécie de seres somos que mandamos à frente quem tanta falta nos faz? É por eles ou por nós que o fazemos?” pergunta CRT.
Pois, na verdade, creio bem que, pelo menos alguns de nós, deseja, pelo contrário, “ir à frente”, para não ter de suportar a dor da perda daqueles que são a razão de ser da nossa vida… a sensação de um vazio imenso…
Na minha vida, já perdi demasiadas pessoas… é como perder um pedaço de nós.
Sobreviver à perda é difícil…
Obrigado pelo seu texto, crt.
Na verdade, não acredito que sejamos nós a mandá-los à frente.
somos demasiado e duplamente egoistas(não queremos ficar sem eles, mas tb não queremos partir já) para concretizarmos tal proeza.
Foi um prazer comentar o seu texto. Decidi, durante a viagem de regresso, que escreveria sobre o sentimento que vi estampado nos rostos dos fiéis e ter-me-ia, eu acho, saído um texto bonito.
Não o fiz logo e depois...passou a hora. Tudo tem uma hora!!
crt, com efeito, este sentimento até pode ter uma conotação algo egoísta(deve ter mesmo...).Bem observado...
Relativamente à oportunidade de escrever sobre a data em causa, ela mantém-se, pois que o mês de Novembro - todo ele - é dedicado ao sufrágio das almas do purgatório...
Com efeito, estamos no Mês da Almas.
Mas também se pode dizer que todos os meses são "meses das almas"...
Assim, a oportunidade mantém-se, plena de actualidade neste mês de Novembro, pelo que fico a aguardar o seu texto, no seu blog, ok?
Não prometo para não incumprir. Mas, talvez. Logo vemos...
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