Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Nossa Senhora das Candeias - não poderia esquecê-la...

No dia de hoje, a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora das Candeias, e o percurso d’Esta com o Seu Menino até ao Templo.

Jesus, apresentado a Deus no templo de Jerusalém, representa a Luz que afastou as trevas do mundo e oferece aos homens a fonte da verdadeira Alegria e única Esperança.

Nos nossos dias, a comunidade dos Crentes faz uma pequena procissão no interior das Igrejas, levando na mão velas acesas…

Tenho, há vários anos (desde 1995), um papelinho, obviamente já amarelecido, escrito por mim, acerca deste dia 2 de Fevereiro, dia de Nossa Senhora das Candeias. Papelinho esse retirado dessas agendas “filofax”, e que tem transitado de agenda em agenda, com o decorrer dos anos. São as “memórias” que transpus para o papel de uma Missa celebrada no dia 2 do mês de Fevereiro do referido ano, ali na Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, ao Chiado.

Gostava de ouvir aquele padre, já velhinho mas cheio de vigor, que ao tempo ali se encontrava. Não recordo o seu nome. Sei que ele, na Missa das 19H, fazia sempre uma introdução ao Santo do dia e salientava os principais aspectos da sua vida. Era um tempo em que eu procurava esquecer as agruras da vida e tentava mergulhar na paz de Jesus, a qual, como sabemos, nada tem a ver com a lógica dos homens e com o seu violento quotidiano.

Ora, este dia, também denominado de Purificação de Nossa Senhora – Purificação da Santíssima Virgem e da Apresentação do Menino Jesus no Templo - faz-nos recordar a Lei mosaica: a mulher que tivesse um filho varão, primogénito, consagraria este a Deus. Para a mãe poder ficar com ele, para “resgatá-lo”, tinha de ir ao Templo fazer uma oferta. As pessoas pobres, como José e Maria, ofereciam rolas ou pombinhas. Também era necessário aguardar 4o dias, tempo necessário para a mulher ficar pura, após o parto. Com efeito, após ter o filho, a mulher daquele tempo era considerada “impura” durante aquele lapso de tempo. Na poesia cristã, imagina-se uma “procissão” de Nossa Senhora, levando o Menino Jesus ao Templo.

Em consonância com aquilo que Jesus afirmou – “ Eu sou a Luz do Mundo” - Nossa Senhora transportava essa mesma Luz do Mundo… Como hoje nós já não podemos levar o Menino Jesus ao colo (quem nos dera!...), transportamos uma vela, que significa essa mesma Luz de Jesus Cristo. Quando deixamos uma vela acesa na Igreja, tal significa que, embora não estejamos presentes fisicamente, estamos contudo presentes em espírito.

Prestamos assim homenagem a Deus, e reafirmamos a nossa Fé. Não é “beatice” – é, tão simplesmente, manifestação da nossa Fé.


A vela vai-se gastando… também a nossa vida vai-se consumindo para as coisas deste mundo, e tendemos para as coisas do Espírito, para Deus.


Vamos mergulhando no essencial, no Mistério que cerca os nossos dias…



Nota: a imagem - Nossa Senhora das Candeias - Ilha do Pico, Açores.

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