A Poesia é a nossa Alma a gritar... I
No primeiro dia do Ano da Graça de Dois Mil e Dez, eis a Poesia:
(neste ano que agora findou, sinto que…)
(neste ano que agora findou, sinto que…)
Os nossos dedos abriram mãos fechadas
Cheias de perfume
Partimos à aventura através de vozes e de gestos
Pressentimos paixões como paisagens
E cada corpo era um caminho.
Mas um se ergueu tomando tudo
E escorreram asas dos seus braços.
Florestas, pântanos e rios,
Viajámos imóveis debruçados,
Enquanto o céu brilhava nas janelas.
E a cidade partiu como um navio
Através da noite.
(Sophia de Mello Breyner Andresen, in "CORAL", ed. Caminho).
Etiquetas: Temas Profanos...
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