Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

sábado, 20 de dezembro de 2008

António Alçada Baptista. In Memoriam III

" Não creio que tenhamos sido feitos para estas aspirações curtinhas que fazem mover a maior parte da humanidade. Acho que deve haver alguma maneira de continuar aquelas festa começada na infância e que o nosso destino não pode ser isto de meter a cara no guichet do quotidiano à procura duma alegria ou duma dádiva da vida (…) e acudir do lado de lá o peso de tudo o que tomou conta de nós: o rol das invisíveis dificuldades a vencer mais a lista dos absurdos a cumprir no dia a dia da nossa existência.

Tenho esperanças que um dia possamos descobrir que a vida é capaz de não ser esta coisa parda que nos mostraram como nosso irremediável destino. Que talvez não seja vegetar sem emoção nem grandeza entre exigências mesquinhas e míseras imposições.

(…).

Porque acho que ainda me resta alguma capacidade de sonho e porque acredito que não é este o projecto do homem, gostaria, se possível, de transmitir, sem nenhuma ambiguidade, a ideia de que viver é, apesar de tudo, uma coisa eminentemente desejável mesmo para quem não vive num mundo à imagem dos anúncios da televisão.

(…).

O simples facto de existir enquadrado nas coisas banais da natureza é, por si só, um facto extraordinário que me faz olhar para o mundo com a comoção dum enamorado. "

António Alçada Baptista, "Peregrinação Interior Vol. II - O Anjo da Esperança" , Lisboa, 1986, 3ª Edição. A fls. 84-85.

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2 Comments:

Blogger Cleopatra said...

Tenho esperanças que um dia possamos descobrir que a vida é capaz de não ser esta coisa parda que nos mostraram como nosso irremediável destino


Eu também

domingo, dezembro 21, 2008  
Blogger C.M. said...

Também, Cleo!

domingo, dezembro 21, 2008  

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