António Alçada Baptista deixou-nos mais pobres. In Memoriam I
Hoje deixei-me ficar em casa. Gosto de ficar por aqui, entre os meus livros, a música que me acompanha durante o meu trabalho (mesmo ao Domingo... enfim...), mas interrompi o mesmo em virtude de ter ouvido uma noticía na qual não quis, de imediato, acreditar.
Não quis de facto acreditar naquilo que a RTPN transmitia, pela voz da Inêz Pedrosa. Um dos meus mais amados escritores – Alçada Baptista – faleceu hoje, aos 81 anos.
Ao que ouvi na TV, o seu coração, sempre pleno de ternura, traiu-o.
Há muito tempo que eu estranhava o seu silêncio e interrogava-me onde ele estaria e o que actualmente faria.
De súbito, a notícia da sua morte.
Os homens que pertencem a uma geração de eleitos vão rareando no nosso país, vão partindo e não mais serão substituídos. Os tempos não são propícios a grandes gestos fraternos e generosos como aqueles que Alçada protagonizou ao longo da sua vida, ele que foi um escritor de afectos.
Gostaria de escrever mais profundamente sobre ele e a influência da sua obra na minha pessoa. Porém, hoje não consigo. Subitamente, fêz-se frio, apesar do aquecimento estar ligado.
Apenas deixo aqui uma breve passagem do seu livro “ O Riso de Deus” :
“Eu estou conformado com a minha morte mas tenho pena de muitas coisas que aprendi e que, nesse dia, se vão escoar pelas frinchas do meu caixão”.
Há muito tempo que eu estranhava o seu silêncio e interrogava-me onde ele estaria e o que actualmente faria.
De súbito, a notícia da sua morte.
Os homens que pertencem a uma geração de eleitos vão rareando no nosso país, vão partindo e não mais serão substituídos. Os tempos não são propícios a grandes gestos fraternos e generosos como aqueles que Alçada protagonizou ao longo da sua vida, ele que foi um escritor de afectos.
Gostaria de escrever mais profundamente sobre ele e a influência da sua obra na minha pessoa. Porém, hoje não consigo. Subitamente, fêz-se frio, apesar do aquecimento estar ligado.
Apenas deixo aqui uma breve passagem do seu livro “ O Riso de Deus” :
“Eu estou conformado com a minha morte mas tenho pena de muitas coisas que aprendi e que, nesse dia, se vão escoar pelas frinchas do meu caixão”.
Etiquetas: Estados de Alma
4 Comments:
CM, esse livro foi dos livros mais belos que li. Uma história muito bonita, que descreve o percurso da liberdade espiritual de um ahomem bonito.
A minha mãe ensinou-me a gostar dele e eu gosto.
vou linkar este post, porque estou sem paciência para postar.
Ó Júlia, a honra é imensa!
Hoje já chorei, furtivamente, cá em casa...
eu também estou assim hoje. Amanhã é outro dia, amigo!
pois sim...eu até tenho medo de pensar nestas coisas... as pessoas fazem-nos tanta falta! Estamos precisados de tanta gente!
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