Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

domingo, 7 de dezembro de 2008

António Alçada Baptista deixou-nos mais pobres. In Memoriam I


Hoje deixei-me ficar em casa. Gosto de ficar por aqui, entre os meus livros, a música que me acompanha durante o meu trabalho (mesmo ao Domingo... enfim...), mas interrompi o mesmo em virtude de ter ouvido uma noticía na qual não quis, de imediato, acreditar.


Não quis de facto acreditar naquilo que a RTPN transmitia, pela voz da Inêz Pedrosa. Um dos meus mais amados escritores – Alçada Baptista – faleceu hoje, aos 81 anos.


Ao que ouvi na TV, o seu coração, sempre pleno de ternura, traiu-o.

Há muito tempo que eu estranhava o seu silêncio e interrogava-me onde ele estaria e o que actualmente faria.

De súbito, a notícia da sua morte.

Os homens que pertencem a uma geração de eleitos vão rareando no nosso país, vão partindo e não mais serão substituídos. Os tempos não são propícios a grandes gestos fraternos e generosos como aqueles que Alçada protagonizou ao longo da sua vida, ele que foi um escritor de afectos.

Gostaria de escrever mais profundamente sobre ele e a influência da sua obra na minha pessoa. Porém, hoje não consigo. Subitamente, fêz-se frio, apesar do aquecimento estar ligado.

Apenas deixo aqui uma breve passagem do seu livro “ O Riso de Deus” :

“Eu estou conformado com a minha morte mas tenho pena de muitas coisas que aprendi e que, nesse dia, se vão escoar pelas frinchas do meu caixão”.

Todavia, acredito que ele já deve estar mais esclarecido que todos nós, pois que banhado pela Luz de Deus, infinito na Sua Misericórdia.

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4 Comments:

Blogger -JÚLIA MOURA LOPES- said...

CM, esse livro foi dos livros mais belos que li. Uma história muito bonita, que descreve o percurso da liberdade espiritual de um ahomem bonito.

A minha mãe ensinou-me a gostar dele e eu gosto.

vou linkar este post, porque estou sem paciência para postar.

domingo, dezembro 07, 2008  
Blogger C.M. said...

Ó Júlia, a honra é imensa!


Hoje já chorei, furtivamente, cá em casa...

segunda-feira, dezembro 08, 2008  
Blogger -JÚLIA MOURA LOPES- said...

eu também estou assim hoje. Amanhã é outro dia, amigo!

segunda-feira, dezembro 08, 2008  
Blogger C.M. said...

pois sim...eu até tenho medo de pensar nestas coisas... as pessoas fazem-nos tanta falta! Estamos precisados de tanta gente!

segunda-feira, dezembro 08, 2008  

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