Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O dia de Natal chega ao fim...


O dia de Natal está a terminar. Assim, de repente.

Como é possível? Como é possível remeter-nos à rotina diária, e pensarmos noutras coisas que não nesse Deus que se dignou nascer como nós, Menino frágil e pobre, tendo como pais um “simples” José e uma “humilde” Maria?

Tento imaginar a Sua vida ao tempo, os parcos haveres da família, as viagens em busca de trabalho, e o amor sublime que unia esta Sagrada Família, que certamente relativizava as agruras e dificuldades do quotidiano; penso no cair do dia, no recolhimento daquele casal na sua casa, despojada do supérfluo, mas rica de tudo o que falta ao homem dos nossos dias…


Hoje, à medida que o dia inexoravelmente terminava, fui ficando deprimido, nem sei bem porquê. Afinal, somos humanos, demasiado humanos não é verdade? E o Natal “tem que se lhe diga”… pensamos em tudo, nas dificuldades da vida, no nosso trabalho, nas asperezas dos “outros”, nas nossas próprias “asperezas”, e desesperamos porque não somos como o pequenino Jesus, puros de coração, perfeitos… e damos por nós a contar os dias perdidos para Deus, em que não cumprimos com o nosso dever, e não soubemos ser fiéis.

Contudo, o Senhor seduziu-nos e nós deixámo-nos seduzir… e só Ele nos pode conduzir nos estreitos caminhos que delimitam a nossa vida…

Entretanto, na nossa sala, a alma é reconfortada pelo suave calor que se desprende da lareira, o som do seu suave crepitar, o cheiro da lenha, o amor que nos une e confere coerência a esta vida terrena.


Não apetece amanhã termos de voltar a este viver de certo modo alienado, que não nos deixa muito tempo para meditarmos nas coisas fundamentais da Vida…

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