"Os Cinco"
A memória da nossa infância é muito forte, para o bem e para o mal.
Prova disso é o facto dos britânicos, apesar do “encantamento” criado por J.K. Rowling e da sua saga "Harry Potter", terem agora escolhido Enid Blyton, criadora da série de livros infantis “Os Cinco”, como a sua escritora preferida.
Esta notícia, publica pelo “SOL” on-line, recorda-me como num verão muito belo da minha infância, na vila de Mação (Beira-Baixa), num Portugal ameno e tranquilo (digam lá o que disserem os detractores desse tempo), comecei a ler o primeiro livro de “Os Cinco”.
Tenho de o ir buscar à arrecadação… aliás, tenho-os lá todos, em primeira edição daqueles já longínquos anos sessenta. Da Editorial Notícias, se não estou em erro. Muito bem tratados, apesar de intensamente lidos...
Aquele comprou-me o meu saudoso pai aqui em Lisboa, no Rossio. Pensava ele que o livro daria para todas as férias “grandes”… li-o em poucos dias… e ali, na província, não foi possível comprar outros…
Ao tempo, marcou-me muito a leitura de toda a colecção: vivi aquelas aventuras como se fossem minhas, apreendi outro modo de pensar, outras vivências, outros comportamentos e atitudes.
Um tempo em que a vida passava obrigatoriamente pelo prazer de ler. Logo na infância…
Prova disso é o facto dos britânicos, apesar do “encantamento” criado por J.K. Rowling e da sua saga "Harry Potter", terem agora escolhido Enid Blyton, criadora da série de livros infantis “Os Cinco”, como a sua escritora preferida.
Esta notícia, publica pelo “SOL” on-line, recorda-me como num verão muito belo da minha infância, na vila de Mação (Beira-Baixa), num Portugal ameno e tranquilo (digam lá o que disserem os detractores desse tempo), comecei a ler o primeiro livro de “Os Cinco”.
Tenho de o ir buscar à arrecadação… aliás, tenho-os lá todos, em primeira edição daqueles já longínquos anos sessenta. Da Editorial Notícias, se não estou em erro. Muito bem tratados, apesar de intensamente lidos...
Aquele comprou-me o meu saudoso pai aqui em Lisboa, no Rossio. Pensava ele que o livro daria para todas as férias “grandes”… li-o em poucos dias… e ali, na província, não foi possível comprar outros…
Ao tempo, marcou-me muito a leitura de toda a colecção: vivi aquelas aventuras como se fossem minhas, apreendi outro modo de pensar, outras vivências, outros comportamentos e atitudes.
Um tempo em que a vida passava obrigatoriamente pelo prazer de ler. Logo na infância…
Etiquetas: A paixão dos livros
19 Comments:
:-)
também me marcou, não há livro da Enid Blyton que não tenha lido.
mais tarde veram "os sete" e os livros de Aventuras.
Pessoalmente e já com distanciamento, penso que os livros estavam muito bem feitos, estimulavam o desejo de autonomia e liberdade responsável.
Os lanches e as sandwiches deles com bacon tinham um cheirinho que nenhum bacon no mundo mais teve!
acrescento que dei toda a colecção à minha Querida afilhada Ana r não me arrepend. O essencial está dentro de mim :-)
Que engraçado ter lido também os Cinco e os SETE!!! Também tenho essa colecção dos "SETE"!!! - em primeira edição!!! Mas a minha paixão foram, de facto, "OS CINCO".
Também me lembro daqueles belos lanches que a Tia Clara fazia! Ai ai...e do meu desejo ( que se mantém) de ir visitar a Cornualha... Ai sonhos ai paixões!
Em tempo: e a sua afilhada? Gosta dos livros?
CM,
Os "Sete" já não têm o mesmo gosto dos "Cinco",mas para quem queria sempre mais, foi bom satisfazer a sede dessas aventuras.
Os lanches!...ela descrevia-os tão bem que a gente ao ler, sentia as gostativas todas a salivar.Chegava à cozinha e chagava a empregada, querendo cópias iguaizinhas dos lanches da tia Clara.
eheheh
A minha afilhada gosta de tudo que a madrinha gosta. :-)
Ofereci-lhe a colecção, com a dedicatória
"Eram meus, agora são teus"
Ela guarda-os com carinho e gostou, tem hábitos de leitura!
A minha afilhada escolheu-me para madrinha já tinha 6 anos, idade com a qual foi baptizada.:-)
Ai madrinha santa!...
Pois é, parece que "todos" lemos esses magníficos livros! Eu devorava-os e alguns ou todos, foram lidos bem mais do que uma vez. Os Cinco e os Sete foram meus companheiros de aventuras durante muito tempo... belos tempos.
Hoje é muita Playstation, Nintendo, Wii, TV, etc., sem aquela magia que os livros têm, mas se tivesse hoje a idade que tinha naquela altura, confesso não saber se lia tanto como li (ainda leio!).
Cumprimentos
:-)
os livros de Enid Blyton estimulavam a nossa imaginação e fantasias!..
Lembro também que eu estando a passar férias numa casa antiga dos meus tios, sonhava lá descobrir "passagens secretas", tal qual "os cino" e "os sete" faziam. :-))
E o Júlio Verne, e a Condessa de Ségur e por aí fora...
Hoje são os "Morangos com açúcar", crónicas de uma vida adulta começada em criança, em adolescente...e depois admiram-se!!!
Se ao menos fossem mais felizes...mas, parece-me que não...
Abraço amigo
ALG, eu também digo o mesmo...hoje a sociedade é tão diferente... mas creio, sinceramente, que ela poderia ser, de novo, modificada, para melhor...e mudar este paradigma de insanidade...
Júlia, eu até sonhava com as aventuras ( e aqueles lanches very british...).
Joaquim, o Júlio Verne também tenho a colecção "todinha"!!! E toda "lidinha"! O que eu também sonhei! Sobretudo, lembro-me do Miguel Strogoff (creio que é este o nome...). Até estudei, em "puto", o mapa da URSS...para seguir o caminho do herói... Que tempos!
pois,CM, a apimentar a minha imaginação, eu tinha a minha avó e mãe. A primeira inglesa e era uma mulher muito peculiar, com alma de criança, direi.
Também li "Miguel Strogoff" e a Condessa de Ségur.Acho que gostei mais da ultima.
Olhe, a Condessa de Segur não li...
Com que então, avó inglesa... eu logo vi pelo seu ar muito "british"...
A Condessa de Ségur estava mais "rotulada" para meninas, mas apesar disso li alguns livros.
E lembro-me agora do portentoso "A Viagem Maravilhosa de Nils Holgerssn" de Selma Lagerlof, que a minha irmã mais velha me lia ao deitar.
Ainda hoje faz parte do meu "imaginário", como hoje em dia se diz...
Ai Joaquim, estamos todos "preenchidos" pelos nossos "imaginários"... que havemos de fazer?
Ai lembro-me tão bem
Em casa dos meus pais, está lá a colecção completa As xs que os li e reli e reli....
Cleo, andávamos a ler as mesmas coisas... e não nos conhecíamos...
Achei muito giro este post e os comentários. Eu também li os livros da Enid Blyton que eram da minha irmã mais velha -os cinco, os sete, o colégio das quatros torres, as gémeas e o mistério, li os livros da condessa de Ségur e os outros de colecção azul que eram da minha mãe e depois o Júlio Verne (a maior parte também da minha irmã, mas ainda consegui ficar com Os dois anos de férias :) o Emílio Salgari, o Jack London, etc. etc. Foi engraçado estar a recordar como era bom perder-me num desse livros.
PS E já ia a esquecer-me, falha terrível, das Aventuras da Dona Redonda e da sua gente, da Virgínia Castro E Almeida :)
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