Dies Domini

Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton

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Localização: Lisboa, Reino Portugal Padroeira: Nª Srª Conceição, Portugal

Monárquico e Católico. intransigente defensor do papel interventor do Estado na sociedade. Adversário dos anticlericais saudosos da I República, e de "alternativos" defensores de teses “fracturantes”. Considera que é tempo, nesta terra de Santa Maria, de quebrar as amarras do ateísmo do positivismo e do cientismo substitutivo da Religião. Monárquico, pois não aliena a ninguém as suas convicções. Aliás, Portugal construiu a sua extraordinária História à sombra da Monarquia. Admira, sem complexos, a obra de fomento do Estado Novo. Lamenta a perda do Império, tal como ocorreu.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Santo António nas ruas de Lisboa.


No dia 13 de Junho, celebra-se Santo António, com diversas missas a terem lugar na Igreja de seu nome, aqui em Lisboa, e a tradicional procissão em sua honra, que tem ali início, percorrendo-se depois a zona de Alfama até à Sé: Cruzes da Sé, Rua de S. João da Praça, Largo de S. Rafael, Rua de S. Miguel, Rua da Regueira, Rua dos Remédios, Rua do Vigário, Largo de Santo Estevão, Rua das Escolas Gerais, Travessa de S. Tomé, Largo das Portas do Sol, Largo de Santa Luzia, Rua do Limoeiro, Largo de S. Martinho, Rua Augusto Rosa, Largo da Sé e Igreja de Santo António.

Este é o itinerário daqueles que amam Santo António, e uma “via crucis” para aqueles que, em honra do Santo, querem fazer este percurso descalços, através das ruas estreitas, tão bonitas mas, infelizmente, pejadas de vidros das garrafas que os inconscientes foliões lançam na via pública, sem que a Câmara providencie, na madrugada do dia 12 para 13, a respectiva limpeza.


As procissões são uma das práticas mais enternecedoras da nossa fé. O sagrado sai das quatro paredes da Igreja e atravessa as artérias da cidade, purificando-a e espalhando a bênção de Deus…

Na província, num tempo em que o nosso País era apelidado de “ atrasado” (agora temos um Portugal pleno de modernidade…) o povo ia pelos campos, acompanhado do seu prior, o qual procedia à bênção dos mesmos, quando a natureza estava a despertar de um longo Inverno…


Como são belas as procissões, em que as forças vivas de uma cidade vila ou aldeia se encontram e convivem sem complexos, em que os crentes de todas as condições sociais exteriorizam a sua fé, esquecendo pruridos e conveniências…

Que dizer da beleza dos estandartes, bem erguidos pelos irmãos das diversas Fraternidades e Irmandades, representativas dos diversos carismas que se vivem no seio da Igreja?

No dia de hoje, no encerramento da procissão, as belas palavras de Vítor Melícias (o novo provincial dos Franciscanos), proferidas no Largo da Sé, pejado de povo, encheram-me de comoção; através da sua oratória, foi percorrido um Portugal há já muito tempo esquecido, vilipendiado, um Portugal outrora respeitado e até temido. E foi referido o Portugal de hoje, que se quer mais solidário, aberto ao Mundo e à comunhão fraterna de todos os povos que aqui confluem, tal como desde o tempo do inicio da nacionalidade…


E pensar que as procissões já estiveram proibidas no nosso País!

Hoje em dia todos nós, ao descobrirmos que afinal estamos cansados das “virtudes” da dita “modernidade”, queremos antes beber da fonte do Mistério, e estes momentos de peregrinação – exterior e interior – são propícios à reafirmação da nossa própria identidade, permitindo-nos o apaziguamento com o nosso quotidiano.

2 Comments:

Blogger Cleopatra said...

Tanta gente!
E à noite?
E os manjericos?
E Alfama que lá ganhou novamente?
E as sardinhas comidas á pressa...
Oh Noite de Sto António!!

sexta-feira, junho 15, 2007  
Blogger C.M. said...

Então, Cleo, também andou por Alfama? Ai noites!...

sexta-feira, junho 15, 2007  

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