E se, de repente, não houvesse Deus?
E se, de repente, não houvesse Deus?" - interroga-se uma nossa leitora e vizinha destas andanças "blogosféricas."
Diz ela: "e se, de repente, não houvesse Deus?
E se andássemos ao engano?
E se isto não passar de uma ilusão?
E se a fé for um mecanismo (in) coerente do nosso processamento neurológico? "
São muitos “is” com efeito…
Contudo, relendo a vida dos Santos, constatamos que eles tiveram revelações extraordinárias, prodígios apenas explicáveis pela intervenção de um Ser que nos é superior, o qual, respeitando a nossa liberdade intervém, contudo, na nossa vida (e em tantos momentos!).
Creio que nos falta a todos nós (começando por mim) a leitura assídua e diária da Bíblia, esse Livro através do qual Deus nos fala (e que mesmo agora foi tão ultrajado por Saramago!), a fim de podermos repousar as nossas mentes tão atribuladas ansiosas e inquietas!
Com efeito, se percorremos a Bíblia é porque acreditamos em Alguém, confiamos nesse Alguém. Ora, essa confiança supõe um encontro e um reconhecimento da nossa parte. Esse Alguém tem algo a dizer-nos. Deus bate à porta do nosso coração: temos de abrir a porta, malgrado as trevas que nos toldam a inteligência e o discernimento, trevas essas que nos impedem de penetrar no Mistério.
Que caminho percorrer para encontrar Deus e sentir a Sua presença? Cada um de nós terá de dar resposta a esta questão, e encontrar essa "vereda". Mas que andamos inquietos é um facto. Mas também é sinal que não estamos alheados e a "dormir". Vemos, isso sim, o Tempo da nossa vida a passar velozmente, e sentimos que ainda não fizemos a nossa total conversão, à semelhança de um Santo Agostinho.
Mas creio que todos aqueles que nos precederam e hoje são considerados Santos não poderiam estar enganados. Creio firmemente na mensagem de São João: "Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu. E sabemos que o seu testemunho é verdadeiro." Como alguém que hoje escreva uma carta, alertando os vindouros: atenção, eu presenciei estas coisas...
Mas creio que todos aqueles que nos precederam e hoje são considerados Santos não poderiam estar enganados. Creio firmemente na mensagem de São João: "Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu. E sabemos que o seu testemunho é verdadeiro." Como alguém que hoje escreva uma carta, alertando os vindouros: atenção, eu presenciei estas coisas...
Reclinemos pois a nossa Alma na Palavra de Jesus: “Eu mesmo cuidarei das minhas ovelhas e me interessarei por elas (…) como o pastor se preocupa com o seu rebanho”.
Nota: Sei que não te respondi, M., nestas breves palavras. Nem a mim próprio. Mas também vou meditar mais profundamente no Mistério.
Etiquetas: Estados de Alma
4 Comments:
A Fé pode ser uma batalha.
Hoje leio que o Nobel luso provoca novamente os cristãos. Prefiro 'cristãos'a católicos, por uma miríade de razões e, também porque a Bíblia é o farol de todos aqueles que crêem na piedade e no amor sem barreiras.
A Fé é uma provação, que tantos agradecem comovidos, quantos os que a renegam, enfastiados.
E se Deus for a nossa vontade Dele?
A solidão seria senhora de tudo.
E isso, a derradeira traição.
Um título muito preocupante, mas a leitura do texto tranquilizou-me um pouco.
Sim Margarida, a solidão seria terrível e a vida um "nonsense"! Mas Deus não Se esqueceu de nós. Na estação certa, nós obteremos a resposta.
Creio que Deus ainda responde às minhas orações, que as ouve, mesmo que “não me faça todas as minhas vontades”.
Creio que Ele me ouve quando O invoco, que sopesa todas as minhas lágrimas de dor e arrependimento.
Redonda: o título é preocupante, de facto. Mas foi para chamar a atenção. Aliás, foi empregue pela M., e traduzia o seu estado de alma... E os nossos, muitas vezes. E se?!... terrível, não é?
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